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China fecha acessos à cidade de 11 milhões de habitantes por coronavírus

A China, onde o novo coronavírus foi detectado há um ano, erradicou em grande medida a pandemia, mas durante os últimos dias o balanço oficial de contágios aumentou - Thomas Peter/Reuters
A China, onde o novo coronavírus foi detectado há um ano, erradicou em grande medida a pandemia, mas durante os últimos dias o balanço oficial de contágios aumentou Imagem: Thomas Peter/Reuters

Em Pequim

06/01/2021 06h09Atualizada em 06/01/2021 12h23

As principais estradas que levam a Shijiazhuang estavam bloqueadas hoje, em uma tentativa das autoridades chinesas de conter um foco de coronavírus nesta grande cidade de 11 milhões de habitantes, próxima de Pequim.

As autoridades fecharam 10 estradas que levam à cidade situada 300 km ao sul da capital, assim como um terminal rodoviário, para evitar que o contágio se propague para fora de Shijiazhuang.

As escolas também foram fechadas.

Shijiazhuang, capital da província de Hebei, próxima de Pequim, registrou 117 contágios, 63 deles anunciados hoje. Do total, 78 são assintomáticos.

Um de seus distritos, Gaocheng, é considerado de "alto risco" e foi isolado. Este setor de 40 mil habitantes é o único território do país com esta classificação.

Todos os habitantes foram submetidos a testes de detecção, segundo as autoridades de saúde.

A televisão nacional exibiu imagens de controles rodoviários e de enfermeiros com trajes de proteção organizando exames nos residentes.

A emissora também mostrou imagens de funcionários municipais limpando as ruas de Shijiazhuang.

A China, onde o novo coronavírus foi detectado há um ano, erradicou em grande medida a pandemia na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), mas durante os últimos dias o balanço oficial de contágios aumentou, embora continue muito inferior aos registrados no exterior.

O aumento preocupa as autoridades com a aproximação da grande migração do Ano Novo chinês, que este ano acontece em 12 de fevereiro.

As festividades provocam a maior migração do mundo, pois centenas de milhões de trabalhadores deixam as grandes cidades para visitar suas famílias.

Além disso, uma equipe da OMS (Organização Mundial da Saúde) deve desembarcar na China em breve para investigar a origem do vírus, mas a organização anunciou na terça-feira que os especialistas não receberam um visto de entrada no país, embora alguns já estejam a caminho.