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Vacinação contra covid-19 começa nas farmácias dos EUA, enquanto casos diminuem

Vacinação contra covid-19 começa nas farmácias dos EUA, enquanto casos diminuem - Pixabay
Vacinação contra covid-19 começa nas farmácias dos EUA, enquanto casos diminuem Imagem: Pixabay

11/02/2021 19h08

A campanha de vacinação contra a covid-19 nos Estados Unidos entrou em uma nova fase nesta quinta-feira (11) com a participação de milhares de farmácias, mas a onda de otimismo causada pela queda nas infecções poderá em breve ser posta à prova com a chegada de variantes perigosas do vírus.

O governo do presidente Joe Biden ordenou o envio de um milhão de doses para cerca de 6.500 drogarias e farmácias de supermercados em todo o país, e várias redes anunciaram que começariam a aplicar as primeiras injeções na sexta-feira.

A campanha de vacinação nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, teve um início instável em dezembro, mas desde então melhorou: 44,8 milhões de vacinas foram administradas e pelo menos 33,7 milhões de pessoas receberam uma ou mais doses, aproximadamente 10% da população.

O programa de farmácias pode ser expandido para 40.000 estabelecimentos, enquanto o governo federal aumentou a produção de vacinas, abriu centros de vacinação em massa em estádios e iniciou um programa para alcançar comunidades vulneráveis.

Em abril, "praticamente todo mundo e qualquer pessoa em qualquer categoria poderia começar a ser vacinada", disse Anthony Fauci, o principal conselheiro do presidente para a pandemia, à NBC.

A grande maioria das pessoas seria vacinada "em meados e no final do verão", acrescentou.

Depois de atingir um pico em 8 de janeiro, a onda de infecções nos Estados Unidos sofreu um declínio acentuado: uma média de pouco mais de 100.000 casos por dia frente a mais de 300.000.

No entanto, o país mais afetado pela pandemia no mundo - com mais de 27,29 milhões de infecções - deve chegar a meio milhão de mortes até o final deste mês.

Em meio à confusão generalizada sobre onde e quando ser vacinado, disparidades raciais e econômicas gritantes também surgiram.

Na capital, Washington, as vacinas foram distribuídas de forma desproporcional para residentes de bairros ricos e brancos, onde as pessoas eram registradas mais rapidamente por telefone ou online.

A rejeição à vacina também é significativamente maior entre negros e latinos, que têm duas vezes mais chances de morrer de COVID-19 devido ao racismo estrutural no sistema médico.

Auge de temores

Somando o número de pessoas já vacinadas e o das que já foram infectadas, acredita-se que cerca de 40% da população possa ter alguma imunidade, o que também está contribuindo para a desaceleração de novos casos.

Mas especialistas alertam que não é hora de ficar confiante.

A variante B.1.1.7, altamente transmissível, que foi identificada pela primeira vez na Grã-Bretanha, está se espalhando rapidamente nos Estados Unidos e se tornará a cepa dominante em março, causando um aumento potencial de infecções, de acordo com vários estudos.

Além disso, variantes identificadas pela primeira vez na África do Sul e no Brasil mostraram que as vacinas atuais são menos potentes e causam reinfecções em pessoas que foram previamente infectadas com a cepa clássica de covid.

Especialistas alertaram que quanto mais tempo o vírus circular, melhor ele se adaptará.