Reino Unido, França e Alemanha condenam restrição às inspeções nucleares no Irã
Londres, 23 Fev 2021 (AFP) - O Reino Unido, a França e a Alemanha "lamentam profundamente" a "perigosa" restrição às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre as atividades nucleares no Irã, de acordo com um comunicado conjunto divulgado nesta terça-feira (23).
O Irã adotou essas limitações nesta terça, depois que o prazo de Teerã para suspender todas as sanções americanas expirou.
"Nós, Ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido, lamentamos profundamente que o Irã tenha começado (...) a suspender o protocolo adicional e as medidas de transparência" do acordo nuclear iraniano, denunciaram, observando "a natureza perigosa" da decisão do Irã".
"Solicitamos ao Irã a parar e reverter todas as medidas que reduzem a transparência e que coopere plenamente com a AIEA", continuaram os chefes da diplomacia desses três países, cossignatários do acordo de 2015 com os Estados Unidos - que o deixou em 2018 -, Rússia e China.
Ressaltaram também que o "objetivo continua sendo o de preservar o acordo e apoiar os esforços diplomáticos em busca de uma solução negociada, que permita ao Irã e aos Estados Unidos voltarem ao pleno respeito aos compromissos assumidos".
Após a retirada unilateral do acordo de Viena pelo governo americano de Donald Trump e o restabelecimento de suas sanções contra Teerã - que sufocaram a economia do Irã -, esse país tem progressivamente deixado de cumprir seus compromissos nucleares.
O acordo de 2015, entre Teerã e as grandes potências, tem como objetivo evitar que a República Islâmica desenvolva uma bomba atômica, impondo estritos limites ao seu programa nuclear, que permaneceria exclusivamente civil.
A comunidade internacional, em troca, suspendeu todas as sanções econômicas contra o Irã.
O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu endossar este acordo novamente, mas com a condição de que Teerã volte a honrar os seus compromissos o quanto antes, dos quais começou a se distanciar em resposta às sanções firmadas por Trump.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.