Presidente de Belarus acusa a Alemanha de nazismo após sanções contra seu país
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, evocou nesta terça-feira o passado nazista da Alemanha, após novas sanções impostas pela União Europeia (UE), que afetam importantes fontes de receita de seu país.
Em discurso por ocasião do 80º aniversário do início da invasão nazista à União Soviética, Lukashenko declarou: "O que não esperávamos era que a Alemanha participasse desse complô coletivo. Oitenta anos se passaram, e o que aconteceu? É uma nova guerra?"
Dirigindo-se diretamente ao ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, Lukashenko questionou: "Quem é você? Um alemão arrependido ou o heredeiro dos nazistas?"
A Alemanha é o país "cujos ancestrais destruíram não apenas um terço dos bielorrussos, mas também milhões de crianças sem nascer na Grande Guerra Patriótica", afirmou Lukashenko, referindo-se à grande mobilização bélica soviética que rechaçou o invasor alemão e acabou derrotando o mesmo em Berlim.
União Europeia (UE), Estados Unidos, Reino Unido e Canadá decidiram ontem punir dezenas de indivíduos e empresas ligados ao Executivo de Belarus. No total, a UE adicionou 78 nomes e oito entidades à lista de sanções a funcionários bielorrussos pela repressão à oposição e pelo desvio de um voo operado pela Ryanair em 23 de maio, quando o aparelho sobrevoava Belarus.
Os europeus também aprovaram medidas para penalizar importantes fontes de receita do regime bielorrusso.
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