Venezuela identifica dois casos da variante Delta da covid-19
Dois casos da variante Delta da covid-19, altamente contagiosa, foram detectados na Venezuela, informou neste domingo (25) o presidente Nicolás Maduro, que antecipou "surpresas" em seu plano de vacinação, que avança lentamente.
Os doentes foram vacinados e os sintomas são leves, acrescentou o governo. Os dois foram isolados e recebem tratamento.
"Descobrimos dois casos, os dois vindos do exterior", afirmou Maduro à TV estatal VTV.
"O caso número um é de um esportista que chegou da Turquia (...) e teve PCR positivo para a cepa Delta. Ele teve contato comprovado com 30 pessoas, que foram submetidas a exames e felizmente testaram negativo", acrescentou.
"Este jovem está recebendo tratamentos imediatos, completos e está isolado para continuar lutando para que a cepa Delta não se espalhe na Venezuela".
O segundo caso é de "uma médica, uma mulher profissional de saúde de 56 anos que reside em Caracas, também veio do exterior e não contagiou ninguém até o dia de hoje, está isolada e em tratamento".
A Venezuela reportou até o sábado 298.804 casos de covid-19, com 3.475 falecidos, segundo cifras oficiais, questionadas por ONGs, que denunciam uma alta notificação e o avanço lento da vacinação.
Segundo Maduro, 3,6 milhões de pessoas "foram vacinadas" no país, uma cifra que difere da reportada pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas), que dá conta de 1,2 milhão de pessoas inoculadas com a primeira dose e apenas 223.858 com a vacinação completa.
Até agora aplicam-se na Venezuela a vacina russa Sputnik-V e a do laboratório chinês Sinopharm, que precisam de duas doses, e a cubana Abdala, de três.
"Em agosto e setembro vai haver grandes surpresas no avanço da vacinação em massa, mas tem que ser em silêncio pela perseguição internacional do imperialismo contra a Venezuela", disse Maduro, que espera a chegada para esse mesmo mês dos primeiros lotes das vacinas adquiridas pelo mecanismo Covax, da OMS.
Outras variantes da covid-19 foram registradas no país. A Gamma, surgida em Manaus, coincidiu com uma segunda onda que lotou os hospitais em março. Também foram reportados casos da Alfa e de outra, que o governo denominou de Andina.
Com a presença da variante Delta no país, Maduro estendeu o plano 7 mais 7, no qual se intercala uma semana "radical" - durante a qual se restringe a circulação e só é permitido abrir comércios essenciais - com uma "flexível", na qual é permitido sair.
O presidente tinha antecipado planos para suspender este confinamento parcial há cerca de duas semanas.
"Vamos buscar algumas flexibilizações nos sete dias da quarentena" radical, explicou. "Podemos tentar melhorar a flexibilização no setor do comércio, no setor do trabalho... No setor do transporte entre as cidades".
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