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Líder separatista catalão Puigdemont retorna a Bruxelas após breve prisão na Itália

27/09/2021 10h14

Madri, 27 Set 2021 (AFP) - O líder separatista catalão Carles Puigdemont, que foi presidente do governo regional durante a fracassada declaração de independência de 2017, pousou em Bruxelas nesta segunda-feira (27) após sua breve prisão no final da semana passada na Sardenha, informou seu advogado Gonzalo Boye à AFP.

"Está em Bruxelas e retornará à Sardenha no domingo" (3) para comparecer na segunda-feira (4) a uma audiência judicial sobre sua extradição exigida pela Espanha, afirmou o advogado.

Instalado na Bélgica, para onde fugiu depois da efêmera declaração de independência que liderou, Puigdemont foi detido na quinta-feira (23) à noite ao chegar ao aeroporto de Alguer. Ele deveria participar de um evento cultural na ilha italiana, que mantém uma forte ligação com a Catalunha desde os tempos em que pertenceu à Coroa de Aragão.

Eurodeputado desde 2019, Puigdemont foi libertado na sexta-feira e precisa comparecer à Justiça italiana em 4 de outubro para uma audiência que vai girar em torno de seu pedido de extradição formulado pela Espanha. Enquanto isso, foi autorizado a deixar livremente a ilha e o país.

Ele mesmo anunciou no sábado que pretendia voltar nesta segunda-feira para Bruxelas para participar de uma reunião da comissão de Comércio Externo do Parlamento Europeu, da qual é membro.

O líder separatista, de 58 anos, é exigido pela Espanha por sedição e desvio de verba relacionados ao processo fracassado de independência de 2017.

Esta é a terceira vez que Puigdemont é detido desde que fugiu da Espanha. A primeira delas foi ao chegar em Bruxelas e a segunda na Alemanha, em março de 2018, onde os tribunais levaram quase quatro meses para colocá-lo em liberdade total.

O ex-presidente regional desfrutou durante um tempo da imunidade após ser eleito eurodeputado, mas as instâncias europeias a retiraram este ano. Uma decisão confirmada depois pelo Tribunal Geral da União Europeia.

Sobre ele pesa uma ordem de detenção europeia emitida pela Espanha em 2019 que, segundo os advogados de Puigdemont, estava suspensa à espera de uma decisão do Parlamento Europeu sobre um recurso relacionado à imunidade do ex-líder catalão.

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