Indígenas do Equador elevam pressão sobre Lasso com protesto durante estado de emergência
Quito, 25 Out 2021 (AFP) - O movimento indígena do Equador convocou mobilizações para a meia-noite desta segunda-feira (25) contra as medidas econômicas do governo, em um desafio ao estado de exceção em vigor para combater o narcotráfico em um país convulsionado pela violência do crime organizado.
"Nossas estruturas de base, a partir da zero hora [de terça-feira, 02h00 no horário de Brasília] estarão em diferentes pontos a nível nacional", declarou aos jornalistas Leonidas Iza, presidente da Confederação de Povos Indígenas do Equador (Conaie, na sigla em espanhol), que assumiu oposição ao governo.
Os povos originários, protagonistas da política equatoriana nos últimos 30 anos com suas marchas, que inclusive influenciaram a queda de três presidentes entre 1997 e 2005, ocuparão as estradas próximas de suas comunidades e se juntarão aos protestos de sindicatos e estudantes em Quito.
As manifestações acontecerão em meio ao estado de exceção decretado por 60 dias pelo presidente Guillermo Lasso há uma semana, com justificativa de combater a violência vinculada ao narcotráfico, ordenando a presença de militares nas ruas para apoiar as forças policiais em operações de controle e busca e apreensão.
Por sua vez, o governo Lasso, que não restringiu liberdades como a de manifestação e reunião, já advertiu que não permitirá excessos nos protestos.
O presidente, que tomou posse em maio, elevou em 12%, na última sexta-feira (22), o preço dos combustíveis, o que fez com que a gasolina corrente passasse de 2,50 a 2,55 dólares, e o diesel de 1,69 para 1,90 dólares, e ampliando o descontentamento entre trabalhadores, estudantes e indígenas.
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