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Um dos líderes de vacinação, Portugal prevê novas restrições após aumento de casos de covid-19

11.set.2021 - Centro histórico da cidade de Porto, em Portugal, durante a pandemia do novo coronavírus - Yanosh_Nemesh/Getty Images
11.set.2021 - Centro histórico da cidade de Porto, em Portugal, durante a pandemia do novo coronavírus Imagem: Yanosh_Nemesh/Getty Images

Da AFP

17/11/2021 09h54Atualizada em 17/11/2021 10h42

Portugal, que lidera a lista de países com maiores índices de vacinação do mundo contra a covid-19, prevê novas restrições para enfrentar um agravamento da epidemia, caracterizado por um aumento das hospitalizações e do número de casos.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu ontem à noite o retorno do uso obrigatório da máscara em espaços abertos. "Parece óbvio", declarou aos jornalistas durante um evento em Lisboa.

A medida, instaurada em outubro de 2020, foi suspensa em 13 de setembro. O uso de máscara continua sendo recomendável em caso de reunião ou quando é impossível respeitar o distanciamento social.

O primeiro-ministro do país, o socialista António Costa, também sugeriu na terça-feira que o país poderia restabelecer algumas medidas restritivas devido ao aumento de casos na Europa, em particular com a aproximação das festas de fim de ano.

Assim como o número de novas contaminações diárias, que atingiu o pico de 1.816 no sábado, as hospitalizações também aumentaram no país. Na terça-feira, Portugal tinha 486 pessoas internadas por covid-19, incluindo 80 em UTIs.

"Temos que agir agora (...) Quanto mais tarde, mais riscos", advertiu Costa, ao mesmo tempo que descartou a possibilidade de impor novamente o estado de emergência, que permaneceu em vigor por quase seis meses, entre novembro de 2020 e abril de 2021.

Este regime excepcional permitiu a adoção de medidas para restringir certas liberdades, como o confinamento imposto no início do ano, quando o país estava entre os mais afetados pela pandemia.

"Portugal ainda está muito longe do que acontece em outras partes da Europa", destacou o primeiro-ministro, antes de acrescentar, no entanto, que acompanha de perto a evolução da situação no restante do continente.

O governo tomará decisões após uma reunião com especialistas, programada para sexta-feira.

As autoridades mantêm o estímulo para que as pessoas com mais de 65 anos recebam a dose de reforço da vacina contra o coronavírus.

Pouco mais de 86% da população está completamente vacinada.

Com 10 milhões de habitantes, Portugal registrou mais de 1,1 milhão de casos e 18.274 mortes desde o início da pandemia.