Nomeado pela Rainha Elizabeth, Sir Tony Blair se defende de críticas
Nomeado cavaleiro pela Rainha Elizabeth II, o ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair, reagiu no domingo (16) a seus críticos que se opõem a tal distinção por causa de sua responsabilidade na intervenção militar britânica no Iraque.
Um reformador dedicado, carismático e enérgico, o agora Sir Tony Blair, de 68 anos, foi um dos primeiros-ministros mais populares da Grã-Bretanha, a ponto de ser reeleito três vezes. Mas seu currículo e reputação foram irreparavelmente danificados após sua decisão de envolver seu país na guerra do Iraque em 2003.
Mais de 1,1 milhão de pessoas assinaram uma petição online exigindo a anulação desta condecoração, anunciada quando a lista de enobrecidos pela rainha foi publicada no Ano Novo, acusando-o de ser responsável por "crimes de guerra". Elizabeth II o nomeou "Oficial Cavaleiro da Mais Nobre Ordem da Jarreteira", a mais antiga ordem de cavalaria.
Reagindo a polêmica que isto causou, o ex-chefe de governo (1997-2007) afirmou que aceitava esta homenagem "não para mim como pessoa", mas também para aqueles que foram seus colaboradores "fiéis e empenhados", que contribuíram " em muitas mudanças no país".
"É claro que as pessoas iriam se opor fortemente a isso. Era algo esperado", disse ele à rádio Times, enfatizando que muitas pessoas se lembram "apenas do Iraque (guerra) e não do resto...".
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