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Presidente de Belarus diz que país vai à guerra se sua aliada Rússia for atacada

23.set.2020 - Alexander Lukashenko toma posse em seu 6º mandato em uma cerimônia sigilosa em Belarus - Maxim Guchek/BELTA/AFP
23.set.2020 - Alexander Lukashenko toma posse em seu 6º mandato em uma cerimônia sigilosa em Belarus Imagem: Maxim Guchek/BELTA/AFP

Da AFP

28/01/2022 08h43Atualizada em 28/01/2022 09h38

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, anunciou nesta sexta-feira (28) que Belarus entrará em guerra se sua aliada Rússia for atacada, e prometeu acolher "centenas de milhares" de soldados russos em caso de conflito.

Estas declarações surgem em um contexto de alta tensão entre Moscou e países ocidentais sobre a Ucrânia. A Rússia estacionou dezenas de milhares de soldados em sua fronteira ucraniana e exige garantias em nível de segurança. Também prepara, para breve, manobras conjuntas com Minsk, às portas da União Europeia.

Em um discurso transmitido em rede nacional pela televisão, Lukashenko garantiu que "haverá uma guerra", se seu país, ou "se (sua) aliada, a Rússia, forem diretamente atacados".

"Vamos nos levantar para defender nossa terra e nossa pátria", frisou, acrescentando, porém, que "não haverá vencedores nesta guerra", pois "todos perderão tudo".

Depois de se referir à "crítica" atual tensão na Europa, o presidente bielorrusso ameaçou receber o Exército russo em seu território, em caso de guerra.

"Se houver uma agressão contra a Rússia, haverá centenas de milhares de soldados russos, que, junto com centenas de milhares de bielorrussos, defenderão esta terra", insistiu em seu pronunciamento, de várias horas de duração.

Belarus é o principal aliado da Rússia, país que deu um apoio político fundamental ao presidente Lukashenko durante as manifestações multitudinárias contrárias à sua reeleição, em 2020. Estes protestos em massa foram duramente reprimidas pelo governo.

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