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Biden vê 'possibilidade clara' de invasão da Rússia à Ucrânia em fevereiro

1º.dez.2021 - O presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca, em Washington (DC) - Mandel Ngan/AFP
1º.dez.2021 - O presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca, em Washington (DC) Imagem: Mandel Ngan/AFP

Do UOL, em São Paulo

27/01/2022 23h30Atualizada em 28/01/2022 09h26

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vê "possibilidade clara" de uma ação militar russa contra a Ucrânia já a partir do mês de fevereiro, segundo informação divulgada pela agência de notícias AP (Associated Press). O alerta de Biden foi feito nesta quinta-feira (27) ao presidente ucraniano, Vladimir Zelenski, por meio de um telefonema.

O presidente Biden disse que há uma possibilidade clara de que os russos possam invadir a Ucrânia em fevereiro. Ele disse isso publicamente e estamos alertando sobre isso há meses. Porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Emily Horne

No telefone, Biden citou a Zelenski o alto grau de probabilidade as forças russas atacarem o território ucraniano ao norte de Kiev, segundo duas pessoas familiarizadas com a conversa à Associated Press.

Os Estados Unidos e a União Europeia veem o envio de tropas russas para a fronteira com o país vizinho como preparação para uma guerra com o intuito de evitar que a Ucrânia entre para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar que constitui em um sistema de defesa coletiva através de seus Estados-membros.

Moscou nega a intenção de iniciar uma ofensiva, mas, em contrapartida, exige garantias de que a Ucrânia não venha a se tornar membro da Otan. Além disso, Moscou insiste que os aliados renunciem à presença militar em algumas partes do leste da Europa.

Em contrapartida, os Estados Unidos seguem aumentando a pressão sobre a Rússia, na esperança de impedir um possível ataque militar a Ucrânia, e colocaram milhares de soldados americanos de prontidão.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, por exemplo, havia dito que os 8.500 militares estavam sendo notificados sobre as ordens de prontidão para que pudessem integrar as fileiras de resposta rápida da Otan, caso a aliança os chamem para a missão.

Já as forças armadas russas lançaram uma nova série de exercícios perto da fronteira com a Ucrânia e na Crimeia —península invadida pela Rússia oito anos atrás.