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ONU pede 'moderação' às partes na crise entre a Rússia e a Ucrânia

Diplomata da ONU considerou a situação atual "extremamente perigosa" - Denis Balibouse/Reuters
Diplomata da ONU considerou a situação atual "extremamente perigosa" Imagem: Denis Balibouse/Reuters

AFP, Estados Unidos

17/02/2022 13h21

A subsecretária-geral da ONU, Rosemary DiCarlo, convocou, hoje, as partes envolvidas na crise da Ucrânia a "mostrarem moderação máxima", após incidentes no leste deste país que violaram o cessar-fogo firmado no Acordo de Minsk.

"Caso se confirme, isso não deve permitir que isso escale mais. Convocamos todas as partes a apliquem moderação máxima neste momento delicado", disse Rosemary DiCarlo em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito na Ucrânia.

"A soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas devem ser respeitadas em conformidade com as respectivas resoluções da Assembleia Geral da ONU", frisou.

DiCarlo considerou a situação atual "extremamente perigosa", na qual a Rússia mantém milhares de soldados - cerca de 150.000, segundo os Estados Unidos, e 100.000, conforme a OTAN - estacionados ao longo da fronteira com a Ucrânia para uma possível invasão. Washington afirma ainda que o risco de invasão é "iminente".

DiCarlo considerou os questões subjacentes do confronto como "complexos e de longa data".

"Embora sejam aparentemente intratáveis, dado o que está em jogo para nossa segurança coletiva e para a estabilidade europeia, esses problemas podem e devem ser resolvidos por meio da diplomacia", defendeu.

Nesta quinta, Kiev e separatistas pró-russos em um distrito leste de Luhansk trocaram acusações sobre a intensificação dos combates e de incidentes, como o de hoje, em que um jardim de infância de Stanitsia-Luganska foi atingido por projéteis de artilharia.

A Assembleia Geral da ONU deve se reunir em 23 de fevereiro para discutir a situação na Ucrânia. Vários ministros são esperados nesta sessão, de acordo com diplomatas ouvidos pela AFP.

Desde 2014, a Ucrânia está mergulhada em um conflito com rebeldes no leste de seu território, uma guerra que já deixou milhares de mortos.