Topo

Esse conteúdo é antigo

Olaf Scholz, chanceler alemão, conversará com Putin por telefone hoje

Anúncio de conversa por telefone veio após o governo russo esfriar conversa intermediada por Macron - Johanna Geron e Sergei Guneyev/AFP
Anúncio de conversa por telefone veio após o governo russo esfriar conversa intermediada por Macron Imagem: Johanna Geron e Sergei Guneyev/AFP

Em Berlim (Alemanha) e Moscou (Rússia)

21/02/2022 08h41Atualizada em 21/02/2022 11h46

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, conversará hoje com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para tratar sobre a crise na Ucrânia, disse o gabinete do primeiro-ministro.

Sholz "conversará novamente por telefone com o presidente russo hoje, no final da tarde, algo que está estreitamente vinculado e acordado com o presidente francês Emmanuel Macron", afirmou o porta-voz do chanceler, Steffen Hebestreit, em uma entrevista coletiva.

O anúncio da conversa veio logo após a Rússia esfriar a esperança de uma reunião, intermediada por Macron, entre Putin e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O porta-voz do governo russo, Dmitri Perskov, classificou a pretensão como "prematura".

"Uma reunião é possível caso os chefes de Estado (da Rússia e dos EUA) a considerem útil", acrescentou, antes de afirmar que Putin e Biden sempre têm a possibilidade de conversar "por telefone ou de outra maneira quando necessário".

A Presidência da França havia anunciado um acordo de princípio para uma reunião após uma intensa gestão diplomática de Macron, que teve duas longas conversas telefônicas no domingo com Putin, além de diálogos com Biden e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Os países ocidentais temem que a intensificação dos combates nos últimos dias no leste da Ucrânia com separatistas pró-Rússia seja utilizada como pretexto pela Rússia, que enviou 150 mil soldados para a fronteira ucraniana, para invadir o país vizinho.

Uma reunião entre os chefes da diplomacia russa e americana, Serguei Lavrov e Antony Blinken, está programada para acontecer na próxima quinta-feira (24).

Moscou nega ter planos para invadir a Ucrânia, mas exige garantias de que a ex-república soviética não vai aderir à Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) e o fim da expansão do grupo para o leste.

As demandas, porém, foram rejeitadas pelos países ocidentais, que ameaçam impor sanções econômicas contra a Rússia em caso de ataque da Moscou contra Kiev.