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Covid reaparece no norte dos EUA com predominância da variante BA.2

Posto de teste de covid em Nova York (EUA) - Brendan McDermid/Reuters
Posto de teste de covid em Nova York (EUA) Imagem: Brendan McDermid/Reuters

23/03/2022 21h06Atualizada em 23/03/2022 21h45

O novo coronavírus retorna a regiões do nordeste dos Estados Unidos com a variante BA.2, que vai se tornando a cepa dominante, informaram autoridades nesta quarta-feira (23), enquanto o Congresso é pressionado a aprovar novos fundos para combater a doença, necessários para não comprometer o fornecimento de futuros tratamentos e vacinas.

O país registra uma média de 28,6 mil casos por dia, bem abaixo do último pico de contágio, de mais de 800 milinfecções diárias em média em janeiro. As mortes por covid-19 são de cerca de 900 por dia.

A diretora do CDC (Centros para o Controle de Doenças), Rochelle Walensky, disse que havia sinais prematuros de uma nova onda de infecções.

"Vimos um leve aumento dos casos relatados no estado e na cidade de Nova York e alguns aumentos no número de pessoas hospitalizadas na Nova Inglaterra, especificamente onde a variante BA.2 atingiu níveis de 50% (prevalência)", citou.

A nova variante não parece causar uma forma mais grave da doença do que a ômicron original, BA.1, nem parece mais provável que escape da proteção imunológica, porém é mais transmissível. Atualmente, 35% dos casos em todo o país são causados pela variante BA.2, que deve se tornar a cepa dominante nos Estados Unidos.

O novo surto de coronavírus ocorre depois que o Congresso se recusou a adicionar US$ 22,5 bilhões ao financiamento da resposta à covid em um projeto de lei aprovado na semana passada. "Nesta etapa, nossos recursos se esgotaram", disse o secretário de Saúde, Xavier Becerra.

O coordenador da resposta contra a covid da Casa Branca, Jeff Zients, afirmou que havia mantimentos suficientes para aplicar a quarta dose de vacina em imunossuprimidos e idosos.

"No entanto, se a ciência mostrar que a quarta dose é necessária para a população em geral até o fim do ano, não temos os suprimentos necessários para garantir que haja doses gratuitas e facilmente disponíveis para todos os americanos", acrescentou.

"A falta de ação do Congresso nos fará retroceder, deixando-nos menos preparados e custando mais vidas", alertou o funcionário.