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Exército russo estabelece posições defensivas na Ucrânia, diz Pentágono

Bombeiro atua em distrito residencial danificado por disparos de atilharia russa em Kiev, na Ucrânia - Marko Djurica/Reuters
Bombeiro atua em distrito residencial danificado por disparos de atilharia russa em Kiev, na Ucrânia Imagem: Marko Djurica/Reuters

23/03/2022 20h17Atualizada em 23/03/2022 21h22

O exército da Rússia recuou mais de 50 km a leste de Kiev, capital da Ucrânia, nas últimas 24 horas e começou a estabelecer posições defensivas em várias frentes na Ucrânia, informou um funcionário do alto escalão do Pentágono nesta quarta-feira (23).

"Os ucranianos conseguiram repelir os russos 55 km a leste e nordeste de Kiev", disse à imprensa este funcionário, que pediu anonimato, quando o Pentágono ainda estimava na terça-feira (21) que as forças russas estavam entre 15 e 20 km do centro da capital.

"Continuamos a ver que eles se entrincheiram e estabelecem posições defensivas", acrescentou. "Não é que eles não avancem, é que eles não tentam avançar. Eles assumem posições defensivas".

As forças russas também permanecem bloqueadas a 10 km do centro de Chernigov, a nordeste de Kiev, segundo estimativas do Pentágono. Nesta área "elas cedem terreno, movem-se na direção oposta, mas não muito", observou.

Em Kharkiv (leste), onde os combates continuam intensos, as forças russas permanecem a cerca de 15 a 20 km do centro e enfrentam resistência "muito forte".

De acordo com o chefe do Ministério da Defesa americano, o exército russo parece dar prioridade às regiões separatistas pró-Rússia no leste.

"Eles mostram muito mais energia em Lugansk/Donetsk, em particular em Lugansk", disse. "Pensamos que eles estão tentando imobilizar as forças ucranianas", que se encontram na região pró-Rússia desde 2014, ao longo da linha de frente com as áreas separatistas, "para que não possam ser usadas em outros lugares", explicou.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

No sul, o Pentágono observou que a Marinha russa usa o porto de Berdyansk, ao sul do Mar de Azov, para reabastecimento. Berdyansk é uma das poucas cidades que caíram sob o controle das forças russas, no 28º dia de sua ofensiva.

Finalmente, o Pentágono não vê mudanças em Odessa. Se vários mísseis foram disparados na direção da cidade a partir de navios russos no início da semana, isso não aconteceu novamente ontem ou hoje, disse o funcionário americano.