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Londres confisca superiate de um russo como 'advertência' a Putin

A confiscação do primeiro superiate confiscado em águas britânicas, ocorre depois que o Reino Unido tenha sancionado centenas de pessoas e entidades russas - Reprodução/Youtube The Sun
A confiscação do primeiro superiate confiscado em águas britânicas, ocorre depois que o Reino Unido tenha sancionado centenas de pessoas e entidades russas Imagem: Reprodução/Youtube The Sun

29/03/2022 14h28

Um superiate de luxo avaliado em 50 milhões de dólares, pertencente a um cidadão russo, foi confiscado em Londres em represália pela invasão russa da Ucrânia, informou nesta terça-feira (29) a agência nacional britânica do combate ao crime NCA.

A confiscação do "Phi", equipado com piscina e adega de vinhos, primeiro iate de luxo já confiscado em águas britânicas, ocorre depois que o Reino Unido tenha sancionado centenas de pessoas e entidades russas nas últimas semanas devido à invasão da Ucrânia por ordem do presidente Vladimir Putin.

Embora seu proprietário - cuja identidade não foi revelada - não esteja sancionado no Reino Unido, o parlamento britânico aprovou recentemente novos poderes que permitem ao Executivo reter barcos controlados, fretados ou operados por pessoas relacionadas à Rússia.

O ministro de Transportes, Grant Shapps, publicou uma foto no Twitter no qual posa em frente ao "Phi", o terceiro maior iate construído pelo estaleiro holandês Royal Huisman, com 58 metros de comprimento, avaliado em 38 milhões de libras (50 milhões de dólares, 45 milhões de euros).

"Este governo continuará tomando medidas contundentes contra tudo que tiver conexões com o governo" russo, tuitou. Esta apreensão, nas águas do rio Tamisa no distrito de negócios londrino de Canary Wharf, é uma "advertência clara" a Putin, afirmou.

Segundo a NCA, a identidade do verdadeiro proprietário do barco foi ocultada, mas os investigadores conseguiram rastreá-la.

A embarcação estava registrada em São Cristóvão e Neves, um pequeno paraíso fiscal do Caribe, e levava uma bandeira maltesa "para ocultar sua origem", segundo a NCA, que destacou seu "papel vital" "na busca de ativos suspeitos, da perseguição dos facilitadores da riqueza ilícita e o apoio aos sócios do governo na aplicação da resposta à invasão russa da Ucrânia".

Outros países europeus confiscaram recentemente iates de luxo pertencentes a oligarcas vinculados ao Kremlin.