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China aplica sanções a funcionários dos EUA por 'mentirem' sobre direitos humanos

China aplica sanções a funcionários americanos por "mentirem" sobre direitos humanos - Aly Song
China aplica sanções a funcionários americanos por 'mentirem' sobre direitos humanos Imagem: Aly Song

31/03/2022 10h10Atualizada em 31/03/2022 10h54

Pequim anunciou, nesta quinta-feira (31), que aplicou sanções contra um grupo não especificado de funcionários americanos por "inventarem mentiras" sobre a situação dos direitos humanos na China.

A medida foi adotada depois que Washington anunciou restrições de visto para autoridades chinesas acusadas de reprimirem minorias étnicas e religiosas na região ocidental de Xinjiang.

As relações sino-americanas se encontram em seu ponto mais baixo em décadas, agravadas, recentemente, pelo aparente apoio de Pequim à Rússia em sua invasão à Ucrânia.

Na semana passada, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu à China que "pare com seu genocídio e crimes contra a humanidade" em Xinjiang. Ao mesmo tempo, Washington anunciou sanções contra autoridades chinesas não identificadas.

Em represália, Pequim informou hoje que "vai impor restrições recíprocas de visto a funcionários americanos".

O porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, declarou que as sanções serão aplicadas "aos que inventaram mentiras sobre temas de direitos humanos que envolvem a China, promoveram e implementaram sanções contra a China e prejudicaram os direitos e interesses da China".

"Os Estados Unidos usam o pretexto dos chamados direitos humanos para inventar mentiras maliciosas e usam isso para interferir nos assuntos internos da China, manchar a imagem da China" e aplicar sanções contra funcionários de Pequim, acrescentou.

Wang não divulgou os nomes dos americanos afetados. Segundo ele, a medida foi tomada de acordo com a lei antissanções adotada no ano passado.

Grupos de defesa dos direitos humanos denunciam que até um milhão de uigures e membros de outras minorias muçulmanas foram detidos em Xinjiang em uma rede de "acampamentos de reeducação", como parte da política "antiterrorista" da China.