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Duas explosões causaram acidente aéreo que matou presidente polonês em 2010, diz comissão

13.abr.2010 - Um Tupolev 154 caiu perto do aeroporto russo de Smolensk no dia 10 de abril de 2010, matando todas as 96 pessoas a bordo. O avião levava o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, a primeira-dama, Maria Kaczynski, e diversas autoridades do governo polonês, como o presidente do Banco Central do país, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e os principais comandantes do Exército polonês - Sergei Chirikov/Efe
13.abr.2010 - Um Tupolev 154 caiu perto do aeroporto russo de Smolensk no dia 10 de abril de 2010, matando todas as 96 pessoas a bordo. O avião levava o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, a primeira-dama, Maria Kaczynski, e diversas autoridades do governo polonês, como o presidente do Banco Central do país, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e os principais comandantes do Exército polonês Imagem: Sergei Chirikov/Efe

12/04/2022 09h21

O acidente aéreo de 2010, em Smolensk, na Rússia, em que morreu o presidente polonês, Lech Kaczynski, ocorreu devido à explosão de duas bombas no avião - afirma uma comissão polonesa encarregada de esclarecer as causas da catástrofe.

"A verdadeira causa da catástrofe de Smolensk foram duas explosões na fase final do voo", disse o informe.

O Partido Direito e Justiça (PiS) de Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do presidente morto, defende, há anos, a tese de uma explosão, excluída pela comissão de investigação anterior, criada pelo governo liberal de Donald Tusk.

Essa última havia atribuído a queda do avião e a morte de seus 96 ocupantes, em 10 de abril de 2010, às más condições meteorológicas e a erros dos pilotos poloneses e dos controladores aéreos russos.

Publicado na terça-feira (12) no site da segunda comissão de investigação, o relatório de mais de 300 páginas dá a entender que artefatos explosivos podem ter sido colocados a bordo durante a reforma do avião na Rússia pouco tempo antes.

Os reparos, destaca a comissão, aconteceram nas fábricas da Aviakor, em Samara, "pertencentes, à época, ao oligarca russo Oleg Deripaska, amigo do então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin".

O documento, que utiliza linguagem prudente, fala de "possibilidades" de instalação de explosivos, de se provocar uma explosão "no momento e no lugar desejados, devido a uma mensagem de rádio codificada".

O novo informe também acusa os controladores aéreos russos de terem transmitido "intencionalmente" informações falsas aos pilotos poloneses.

Moscou se nega a devolver os restos da aeronave, requeridos por Varsóvia há anos, afirmando que poderá fazê-lo apenas após ter terminado sua própria investigação.