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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Presidente alemão quis ir à Ucrânia, mas Kiev disse não

Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, diz que Kiev se negou a recebê-lo - Jens Schlueter/AFP
Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, diz que Kiev se negou a recebê-lo Imagem: Jens Schlueter/AFP

12/04/2022 13h54Atualizada em 12/04/2022 14h26

Criticado por suas relações com a Rússia nos últimos anos, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse nesta terça-feira (12) que pretendia viajar para a Ucrânia com outros chefes de Estado, mas Kiev se negou a recebê-lo.

A viagem prevista incluía os presidentes da Polônia e dos Estados bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia).

"Estava preparado, mas, aparentemente, e assumo a responsabilidade por isso, não era o que Kiev desejava", afirmou Steinmeier durante uma viagem à Varsóvia, na Polônia.

Esta visita tinha como objetivo "enviar uma forte mensagem de solidariedade comum europeia para com a Ucrânia", lamentou.

O jornal Bild foi o primeiro a trazer esse plano fracassado à tona, citando um diplomata ucraniano que atacou, duramente, o presidente socialdemocrata (SPD): "Todo mundo aqui sabe das relações estreitas de Steinmeier com a Rússia (...) Ele não é bem-vindo em Kiev, por enquanto. Vamos ver se isso muda".

Duas vezes ministro das Relações Exteriores no governo de Angela Merkel, Steinmeier foi fortemente criticado nas últimas semanas por sua suposta falta de firmeza em relação à Rússia. As mesmas acusações também pesam sobre a ex-chanceler conservadora.

No início de abril, inclusive, reconheceu ter cometido um "erro", ao apoiar a construção do gasoduto entre Rússia e Alemanha, o Nord Stream 2. Suspenso em fevereiro passado por Berlim, teria dobrado a capacidade de fornecimento de gás russo para o país.

O atual chanceler, Olaf Scholz, também está sob pressão de seus aliados da coalizão, os Verdes, que pedem um maior compromisso com a Ucrânia, sobretudo, com o envio de armas pesadas.