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Índia critica informe da OMS sobre 4 milhões de mortes por covid-19

Rohan Aggarwal, 26, um médico residente que trata pacientes com covid, olha o raio-X de um paciente durante seu turno de 27 horas no Holy Family Hospital em Nova Déli, Índia - Danish Siddiqui/Reuters
Rohan Aggarwal, 26, um médico residente que trata pacientes com covid, olha o raio-X de um paciente durante seu turno de 27 horas no Holy Family Hospital em Nova Déli, Índia Imagem: Danish Siddiqui/Reuters

Da AFP, em Nova Délhi (Índia)

18/04/2022 08h38

A Índia criticou duramente um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que será publicado em breve, segundo o qual o coronavírus matou quatro milhões de pessoas em todo país.

Na semana passada, o jornal americano "The New York Times" noticiou que o governo indiano interrompeu a divulgação do estudo, rejeitando a informação de que o verdadeiro número de mortos na Índia é oito vezes maior do que os números oficiais.

A conclusão da OMS coincide com números publicados pelo periódico The Lancet no mês passado e com outro estudo publicado em fevereiro na revista Science, que calculou em pelo menos 3,2 milhões o número de mortos por covid-19.

Em um comunicado divulgado neste fim de semana, o Ministério indiano da Saúde declarou que o modelo matemático usado pela OMS é "questionável" e "estatisticamente não comprovado".

Segundo o Ministério, a Índia expressou sua rejeição por meio de várias comunicações e reuniões formais desde novembro passado.

"Ainda não foi recebida uma resposta satisfatória da OMS", acrescentou.

A OMS não estava disponível de imediato para comentar o caso.

As autoridades indianas já haviam questionado a metodologia usada nos estudos das revistas The Lancet e Science, que também encontraram um número de mortes muito maior do que as autoridades indicam.