Principal adversário de Petro defende sua segurança diante de plano para matá-lo na Colômbia
O candidato de direita Federico Gutiérrez defendeu nesta terça-feira (3) a segurança de seu principal adversário, o esquerdista Gustavo Petro, apontado como favorito para as eleições presidenciais de maio na Colômbia e que denunciou um plano para matá-lo.
"Peço a todas as autoridades que investiguem e que preservem a segurança do candidato (Petro), de sua família e seus apoiadores", declarou Gutiérrez à imprensa em Bogotá.
Petro, de 62 anos, líder das intenções de voto às eleições de 29 de maio, segundo várias pesquisas de opinião, tinha previsto visitar o eixo cafeeiro, no centro-oeste do país, mas se viu obrigado a suspender as atividades de campanha por suspeitas da existência de um complô para assassiná-lo.
De acordo com a equipe de Petro, o esquema de segurança do candidato "recebeu informação de primeira mão" segundo a qual a organização paramilitar La Cordillera estaria planejando matá-lo entre terça e quarta-feira durante a visita pela região.
O governo e a polícia reagiram à denúncia indicando não ter informação de inteligência sobre o suposto plano contra Petro, enquanto o Ministério Público anunciou uma investigação para esclarecer as suspeitas.
Embora tenha defendido a segurança do senador e ex-guerrilheiro, Gutiérrez também denunciou os ataques em redes sociais da campanha da oposição e de círculos de propagando do ELN, a última guerrilha reconhecida da Colômbia.
"Pedimos ao Estado colombiano que garanta a segurança absoluta para que seja possível a realização da campanha", comentou o candidato presidencial de 47 anos.
Nenhum candidato "está isento hoje de radicalismos e de grupos armados", completou.
Conhecido como "Fico", Gutiérrez tentará ser eleito por uma coalizão de direita e de partidos tradicionais para suceder ao presidente Iván Duque, que por lei não pode ser reeleito.
De acordo com as pesquisas, Petro venceria no primeiro turno, embora sem o apoio necessário para evitar um segundo turno contra Gutiérrez, que aconteceria em 19 de junho.
O ex-prefeito de Medellín (2016-2019) acusou os partidários de Petro, um ex-guerrilheiro que combateu o Estado com armas antes de assinar a paz, de exercer uma "política da morte" com constantes ataques contra sua campanha.
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