Interpol: armas ilícitas podem proliferar após guerra na Ucrânia
A grande quantidade de armas enviadas para a Ucrânia pode acabar nas mãos de criminosos da Europa e de outras partes do mundo - alertou o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, hoje.
"A alta disponibilidade de armas durante o conflito atual resultará na proliferação de armas ilícitas na fase pós-conflito", disse o secretário-geral.
Isso apenas fortalecerá ainda mais as quadrilhas do crime organizado que vêm aumentando suas operações em nível global, aproveitando-se a situação criada pelos bombardeios russos nos últimos três meses.
"Isso vai acontecer, não tenho qualquer dúvida (...) Os criminosos já estão, enquanto falamos, se concentrando nisso", declarou Stock à Associação de Imprensa Anglo-Americana, hoje, em Paris.
Os aliados ocidentais do governo ucraniano entregaram toneladas de armamentos para a Ucrânia. O objetivo é tentar conter o avanço das forças russas, que já tomaram pedaços de território no leste e sul do país.
Ontem, o presidente americano, Joe Biden, disse que Washington enviará "para os ucranianos os mais avançados sistemas de mísseis e munições", após ter prometido, ou fornecido, milhares de rifles de assalto e de foguetes antitanque.
"Mesmo as armas que estão sendo usadas pelos militares, armas pesadas, podem acabar em mercados criminosos", alertou Stock.
"Temos um banco de dados para compartilhar informações sobre armas", lembrou o secretário-geral.
"Estimulamos os países-membros (...) a usarem esses bancos de dados, porque nenhuma região, nem país, pode lidar com isso de forma isolada", insistiu.
"Os criminosos, dos quais estou falando, operam em nível global, de modo que as transações dessas armas serão feitas entre continentes", acrescentou.
Stock disse ainda que a guerra na Ucrânia também provocou "um aumento dos roubos em larga escala de fertilizantes e da falsificação de produtos químicos, pois essas mercadorias se tornaram mais valiosas".
"O aumento dos preços da gasolina também levou a um aumento dos roubos de gasolina na Europa e em outras regiões", completou.
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