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EUA querem 'destruir paz', diz China após navio americano passar por Taiwan

14.jun.2018 - Navio de guerra dos Estados Unidos USS Benfold no Mar das Filipinas - Divulgação via Reuters
14.jun.2018 - Navio de guerra dos Estados Unidos USS Benfold no Mar das Filipinas Imagem: Divulgação via Reuters

20/07/2022 08h15

O governo chinês condenou, nesta quarta-feira (20), a passagem de um navio de guerra americano pelo Estreito de Taiwan, acusando os Estados Unidos de quererem "destruir a paz e a estabilidade" deste corredor estratégico que separa a ilha da China continental.

"As frequentes provocações e fanfarrices dos EUA demonstram plenamente que os EUA estão destruindo a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", ao mesmo tempo em que criam riscos, disse o porta-voz do Comando do Teatro Leste da China, coronel Shi Yi.

Na terça-feira, o "USS Benfold", um destróier da classe Arleigh Burke, "conduziu uma passagem de rotina pelo Estreito de Taiwan em águas internacionais", disse a Sétima Frota dos Estados Unidos.

"O navio transitou por um corredor do Estreito que está além do mar territorial de qualquer Estado costeiro", acrescenta o comunicado.

As forças chinesas estão sempre "em alerta máximo para (resolutamente) preservar a soberania nacional e a integridade territorial", destacou o coronel chinês.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse que monitorou de perto a passagem do navio e que "a situação era normal".

Pequim considera Taiwan como parte de seu território que retornará ao seu controle, mesmo que pela força. Nesse contexto, o estreito de 180 quilômetros que separa a ilha da China continental é uma questão delicada.

Os Estados Unidos e seus aliados veem o Estreito de Taiwan, por sua vez, como parte das águas internacionais abertas a todos. Desde janeiro, os navios de guerra americanos atravessam este canal quase todos os meses.

Em junho, o Ministério chinês das Relações Exteriores reivindicou que "a China tem soberania, direitos soberanos e jurisdição sobre o Estreito de Taiwan".

"É uma alegação falsa que alguns países chamem o Estreito de Taiwan de 'águas internacionais' para encontrar um pretexto para manipular questões relacionadas a Taiwan e ameaçar a soberania e a segurança da China", disse o porta-voz chinês.