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Putin acusa Canadá de atrasar turbina para vender próprio gás à Europa

O Canadá devolveu o equipamento para a Alemanha, após hesitar por conta das sanções contra Moscou, impostas pela ofensiva russa na Ucrânia - MIKHAIL KLIMENTYEV/AFP
O Canadá devolveu o equipamento para a Alemanha, após hesitar por conta das sanções contra Moscou, impostas pela ofensiva russa na Ucrânia Imagem: MIKHAIL KLIMENTYEV/AFP

20/07/2022 13h04

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Canadá, nesta quarta-feira (20), de adiar a devolução de uma turbina alemã do gasoduto Nord Stream 1, reparado em território canadense, para tentar vender seus próprios hidrocarbonetos no mercado europeu.

O destino desta máquina da Siemens semeou incerteza sobre o futuro das entregas da Rússia. Este equipamento é apresentado por Moscou como essencial para o bom funcionamento do gasoduto Nord Stream 1. A infraestrutura abastece Alemanha e Europa com gás russo.

O Canadá devolveu o equipamento para a Alemanha, após hesitar por conta das sanções contra Moscou, impostas pela ofensiva russa na Ucrânia. Para Moscou, a data da entrega permanece desconhecida.

"Um dispositivo precisava ser reparado. O Canadá não o devolveu, devido as sanções econômicas contra a Gazprom, embora os reparos tenham sido feitos em uma fábrica da Siemens", disse Putin à agência de notícias Tass.

"Vou dizer a vocês o motivo, pelo qual o Canadá fez isso. É porque também produz petróleo e gás e prevê entrar no mercado europeu", acrescentou o presidente russo.

O gasoduto Nord Stream está atualmente fechado para uma manutenção de dez dias, a ser concluída na quinta-feira (21).

Os países europeus temem, no entanto, que Moscou se apegue a um motivo técnico como pretexto para evitar a retomada de suas entregas e, assim, pressioná-los no contexto do conflito com a Ucrânia.

Antes de encerrar o Nord Stream 1, a Rússia reduziu de maneira considerável seu abastecimento de gás nas últimas semanas, justificado pela falta das turbinas da Siemens.

Nesta quarta-feira, a Alemanha chamou o argumento de "desculpa", enquanto a União Europeia acusou Moscou de utilizar o gás "como uma arma".