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Presidente da Turquia se reunirá com Putin em meio a tentativas de acordo com Ucrânia

5.mar.2020 - Os presidentes da Turquia, Recep Erdogan, e da Rússia, Vladimir Putin, cumprimentam-se em encontro em Moscou, capital russa - 5.mar.2020 - Pavel Golovkin/Reuters
5.mar.2020 - Os presidentes da Turquia, Recep Erdogan, e da Rússia, Vladimir Putin, cumprimentam-se em encontro em Moscou, capital russa Imagem: 5.mar.2020 - Pavel Golovkin/Reuters

26/07/2022 10h03Atualizada em 26/07/2022 11h21

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se encontrará com seu homólogo russo, Vladimir Putin, no balneário russo de Sochi, no Mar Negro, em 5 de agosto, anunciou a Presidência turca nesta terça-feira (26).

Os dois líderes se encontraram pela última vez em 19 de julho em Teerã, três dias antes da assinatura de um acordo entre Rússia, Ucrânia, Turquia e as Nações Unidas para permitir a retomada do comércio de cereais ucranianos pelo Mar Negro, bloqueado desde o início da invasão russa na Ucrânia.

O centro de coordenação será inaugurado oficialmente na quarta-feira em Istambul.

Esta reunião surpresa nas margens do Mar Negro também ocorre quando o presidente turco ameaça desde maio lançar uma ofensiva no nordeste da Síria, para estabelecer uma zona de segurança de 30 km em sua fronteira e afastar os combatentes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e seus aliados.

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão é considerado uma organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia.

Em Teerã, Erdogan estava determinado a realizar essa ofensiva apesar da reiterada oposição do presidente Putin e de seu homólogo iraniano Ebrahim Raissi, que apoiam as milícias auxiliares na região.

Os três chefes de Estado, no entanto, assinaram uma declaração conjunta, apoiando implicitamente a Turquia, na qual "todas as iniciativas ilegítimas de autodeterminação" são rejeitadas.

Eles também expressaram "sua disposição de se opor às ambições separatistas que poderiam minar a soberania e a integridade da Síria" e ameaçar a segurança dos países vizinhos com "ataques transfronteiriços e infiltrações".