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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia acusa a Rússia de ataque a prisão: 'crime de guerra horrendo'; Rússia devolve acusação

Corpos de prisioneiros após bombardeio em um centro de detenção na região de Donetsk - ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS
Corpos de prisioneiros após bombardeio em um centro de detenção na região de Donetsk Imagem: ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS

29/07/2022 09h58

A Ucrânia acusou a Rússia nesta sexta-feira (29) de estar por trás do ataque a uma prisão onde prisioneiros de guerra ucranianos eram mantidos na região do Donbass (leste), controlada por separatistas russos.

"A Rússia cometeu outro crime de guerra horrendo ao bombardear uma prisão na região ocupada de Olenivka, onde mantinha prisioneiros de guerra ucranianos", denunciou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, no Twitter.

A Rússia e os separatistas, que citaram pelo menos 40 mortos no ataque, acusaram os militares ucranianos de estarem por trás do ataque.

"As forças armadas ucranianas, aderindo plenamente aos princípios e normas do direito internacional humanitário, nunca realizaram e não realizam bombardeios contra infraestruturas civis, especialmente em locais onde é provável que se encontrem prisioneiros de guerra", assegurou o Estado-Maior ucraniano em um comunicado.

"As forças armadas ucranianas não realizaram nenhum ataque com mísseis ou artilharia na área da prisão de Olenivka", ressalta o comunicado.

O Estado-Maior ucraniano também acusou o exército russo de estar por trás do bombardeio da prisão de Olenivka, onde eram mantidos prisioneiros de guerra ucranianos.

"Desta forma, os ocupantes russos perseguem seus objetivos criminosos: acusar a Ucrânia de ter cometido crimes de guerra e encobrir a tortura de prisioneiros e as execuções que realizaram lá", denunciou o Estado-Maior ucraniano.

Por sua vez, o ministério da Defesa russo declarou em comunicado que tiros de um sistema de artilharia Himars, entregue à Ucrânia pelos Estados Unidos, atingiram a prisão durante a noite, matando pelo menos 40 pessoas.

O ministério especificou que a prisão abrigava, entre outros, membros do batalhão Azov, divisão que ganhou notoriedade por defender a cidade de Mariupol contra o avanço das tropas russas e que Moscou diz ser uma formação neonazista.

A Rússia alegou que a "provocação sangrenta do regime de Kiev" tinha como objetivo impedir as tropas ucranianas de deporem as armas e se renderem.

"Esta provocação hedionda foi realizada para intimidar os militares ucranianos", disse o Ministério da Defesa russo.