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Vítimas do terremoto recebem funerais coletivos em Gaziantep, sudeste da Turquia

O principal cemitério de Gaziantep acolheu, nesta quarta-feira (8), o funeral conjunto das vítimas do terremoto que atingiu o sudeste da Turquia e da Síria na segunda-feira (6). Os caixões foram agrupados de dez em dez, em meio a familiares desolados. - AAREF WATAD / AFP
O principal cemitério de Gaziantep acolheu, nesta quarta-feira (8), o funeral conjunto das vítimas do terremoto que atingiu o sudeste da Turquia e da Síria na segunda-feira (6). Os caixões foram agrupados de dez em dez, em meio a familiares desolados. Imagem: AAREF WATAD / AFP

08/02/2023 13h19

O principal cemitério de Gaziantep acolheu, nesta quarta-feira (8), o funeral conjunto das vítimas do terremoto que atingiu o sudeste da Turquia e da Síria na segunda-feira (6). Os caixões foram agrupados de dez em dez, em meio a familiares desolados.

O terremoto de magnitude 7,8 e seus tremores secundários deixaram mais de 11.700 mortos na Turquia e na Síria. Gaziantep fica perto do epicentro do abalo sísmico.

Desde então, os corpos não param de chegar ao cemitério Yesilkent, em Gaziantep. A prefeita da cidade, Fatma Sahin, lançou um apelo para que os religiosos muçulmanos viajem até Gaziantep e ajudem na celebração dos funerais.

Ante a probabilidade de aumento no número de mortos, a prefeitura estuda a possibilidade de aumentar o horário de funcionamento do cemitério, informaram as autoridades.

Centenas de homens se alinharam em frente aos caixões do cemitério de Yeslikent, nesta quarta-feira, enquanto o imã pronunciava sua oração com a ajuda de um microfone e abençoava cada uma das vítimas.

As mulheres se reuniram em outra área do cemitério.

Entre as vítimas estavam o casal Done e Ayas Sundar, e Ayse Colak, de 35 anos, que segundo suas irmãs morreu ao lado do marido e dos pais no desabamento de seu prédio, em Nurdagi, 65 quilômetros ao leste de Gaziantep.

"Nurdagi não existe mais, a cidade está completamente destruída", disse uma das irmãs, que não quis se identificar.

A jovem Ruveyda, de 17 anos, morava em um apartamento localizado no sexto andar de um prédio e também foi enterrada. A mãe Hatice, que preferiu não informar o sobrenome, contou que ela e Ruveyda conseguiram escapar antes que o prédio desabasse.

De acordo com o relato da mãe, em um primeiro momento, a jovem disse que estava "bem", mas depois começou a se sentir mal. Faleceu no hospital em pouco tempo, aparentemente devido a ferimentos internos.

Serhat, de 21, outro filho de Hatice, continua desaparecido sob os escombros.

De acordo com as autoridades, o imã que celebrou o funeral matinal também faria a oração do meio-dia antes de realizar mais funerais à tarde.

Na região, equipes de resgate internacionais e voluntários turcos continuam em busca de sobreviventes.

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© Agence France-Presse