Munição polêmica e blindagem de titânio: tanques americanos chegam à Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anunciou hoje a chegada à Ucrânia dos primeiros tanques Abrams americanos, com os quais o Exército de Kiev espera dar um novo impulso à lenta contraofensiva sobre as tropas russas.
"Boas notícias do ministro (de Defesa, Rustem) Umerov. 'Os Abrams já se encontram na Ucrânia e estão sendo preparados para reforçar nossas brigadas'", afirmou Zelensky em comunicado.
Munição polêmica
A entrega destes tanques foi anunciada na semana passada pelo presidente americano, Joe Biden, quando o mandatário ucraniano visitou a Casa Branca em busca de apoio à contraofensiva para recuperar territórios ocupados pela Rússia.
Os Estados Unidos prometeram enviar à Ucrânia 31 tanques Abrams, equipados com munições de urânio empobrecido de 120 mm.
Essas munições podem perfurar armaduras, mas também são polêmicas devido aos riscos tóxicos para os militares e a população do país.
Como são os tanques Abrams
Ganhou esse nome em homenagem ao general Creighton Abrams, comandante das forças dos EUA durante a Guerra do Vietnã;
Lançado em 1980, passou por várias atualizações desde então; sua última versão é o M1A2 SEPv3, lançado em 2015.
Ele tem um canhão de 120 mm, duas metralhadoras de 7,62 mm e uma metralhadora antiaérea de 12,7 mm.
O M1A2 SEP pesa 63 toneladas, tem velocidade máxima de 68 km/h e pode rodar por 425 quilômetros. O motor tem 1.500 cavalos com turbina a gás.
Já o M1 Abrams pesa 54 toneladas, atinge até 72,4 km/h e roda por quase 500 quilômetros;
A blindagem dos tanques norte-americanos é reforçada com camadas de urânio empobrecido, proteção contra armas antitanque, minas terrestres e é considerado um dos melhores do mundo neste aspecto. Não foi esclarecido pelos EUA se a Ucrânia recebeu tanques com a camada de urânio.
Foi usado pelas tropas dos EUA na Guerra do Golfo, entre 1990 e 1991, e também nas invasões feitas ao Iraque, em 2003, e ao Afeganistão, a partir de 2011;
O maior problema é o custo de manutenção, já que o combustível usado nele é semelhante ao utilizado na aviação e requer treinamento longo.
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