Conteúdo publicado há 8 meses

Líder da oposição na Venezuela volta a pedir eleições limpas e livres

A líder opositora María Corina Machado, inelegível para as eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela, insistiu, neste domingo (31), em que sua candidatura ou a de sua substituta, Corina Yoris, poderão ser registradas após o início da fase de substituição dos candidatos.

"As leis venezuelanas são muito claras: temos até dez dias antes de 28 de julho para substituir o candidato e a briga se faz brigando; agora é que temos tempo", disse Machado em um vídeo publicado na plataforma X.

Nem a líder opositora, nem sua substituta puderam se inscrever como candidatas durante o período de registro, entre 21 e 25 de março. Machado não conseguiu por estar inabilitada e Yoris, devido a um bloqueio no sistema, segundo denúncias da principal aliança opositora, a Plataforma Unitária Democrática (PUD).

A aliança acabou inscrevendo um candidato "provisório" enquanto define seu aspirante.

Agora se inicia o período de substituição de candidatos, que estará vigente até 18 de julho, mas para que as modificações apareçam nas cédulas eleitorais, deverão ser feitas até 20 de abril.

"Tenhamos confiança de que ninguém vai nos desviar da rota que vai nos levar a eleições limpas e livres, onde eu serei a candidata presidencial ou será Corina Yoris", afirmou Machado.

No entanto, analistas temem que durante este período de modificações se repita a mesma situação de bloqueio que impediu a inscrição de Yoris.

O líder chavista Diosdado Cabello advertiu que as substituições só poderão ser feitas pelos candidatos inscritos durante o período de registro.

"Não é verdade que eles podem fazer o que bem entenderem e nos impor seus termos violando as regras", insistiu Machado.

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"O que fizeram é tão grosseiro, tão obsceno, que fizeram com que até seus ex-aliados tenham tido que erguer a voz. Maduro não pode escolher o candidato que vai enfrentá-lo", acrescentou a opositora, em alusão à condenação expressa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu contraparte colombiano, Gustavo Petro.

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