Fed mantém juros e destaca 'ausência de novos avanços' para meta de inflação

O Federal Reserve  (Fed, banco central) americano manteve nesta quarta-feira (1º) os juros de referência na faixa entre 5,25% e 5,50%, e destacou a "ausência de novos avanços" para sua meta de inflação, após a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária.

No entanto, o Fed assinalou que, a partir de junho, começará a reduzir mais lentamente seu volume de ativos em carteira, um movimento que anuncia um começo de flexibilização de sua política monetária.

O banco central americano havia aumentado sua participação durante a pandemia para inundar o mercado de liquidez e sustentar a economia. Depois, na medida em que aumentava suas taxas de juros, começou a se desfazer de títulos do Tesouro, retirando assim dinheiro do mercado.

Manter as taxas altas supõe desincentivar o crédito que alimenta o consumo e os investimentos, e com isso reduzir pressões sobre os preços para conter a inflação.

Até há pouco tempo, os mercados tinham a expectativa de ver uma redução das taxas de juros a partir de junho. Agora, a expectativa  é para setembro, ou até mesmo novembro, segundo a informação compilada pelo CME Group.

"O Fed vai precisar de vários meses de boas notícias em matéria de crescimento de salários e inflação" para proceder com um recorte, opinou Nancy Vanden Houten, economista da Oxford Economics.

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© Agence France-Presse

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