Israel corta a conexão entre consulado da Espanha em Jerusalém e palestinos da Cisjordânia

O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, anunciou nesta sexta-feira que decidiu "cortar a conexão" entre a representação diplomática da Espanha em Israel e os palestinos", em resposta à iniciativa de Madri de reconhecer a Palestina como um Estado e a um comentário "antissemita" da ministra Yolanda Díaz.

"Após o reconhecimento por parte da Espanha de um Estado palestino e da declaração antissemita da vice-primeira-ministra do governo espanhol [...] eu decidi cortar a conexão entre a representação diplomática da Espanha em Israel e os palestinos, e proibir o consulado espanhol em Jerusalém a prestar serviços aos palestinos na Judeia e Samaria", ou seja, a Cisjordânia, escreveu Katz em espanhol na rede social X.

Em seu site, o consulado geral de Espanha em Jerusalém indica que sua demarcação abrange esta cidade, assim como a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. A embaixada fica em Tel Aviv.

No texto, o ministro Katz atacou também critica de maneira veemente a declaração de quinta-feira de Yolanda Díaz, segunda vice-premiê e ministra do Trabalho.

Em uma mensagem de vídeo publicada na rede X, Díaz, Díaz, líder da plataforma de esquerda radical Sumar, defendeu a decisão do governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez de reconhecer a Palestina como Estado a partir de 28 de maio e concluiu o comentário com a frase "a Palestina será livre do rio ao mar"".

A frase é uma referência às fronteiras da Palestina durante o mandato britânico, entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, antes da criação do Estado de Israel em 1948.

Segundo os críticos, a frase, utilizada entre outros pelo movimento islamista palestino Hamas e pelo Irã, é uma incitação à destruição de Israel.

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© Agence France-Presse

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