Suposto hacker ucraniano-bielorrusso é preso nos EUA após ser extraditado da Polônia
O suposto responsável por uma organização internacional de hackeamento está preso por ordem judicial nos Estados Unidos após ser extraditado da Polônia na última sexta-feira, anunciaram as autoridades americanas.
Maksim Silnikau, de 38 anos, com dupla nacionalidade ucraniana e bielorrussa, compareceu na segunda-feira ante um juiz no estado de Nova Jersey, perto de Nova York, que decretou sua prisão enquanto aguarda julgamento, indicou o Departamento de Justiça em um comunicado.
Conhecido pelo pseudônimo "J.P. Morgan", "xxx" e "lansky", entre outros, Maksim Silnikau é acusado de conspirar para cometer fraude eletrônica e fraude informática, roubo de identidade e outros crimes. Se for declarado culpado pode enfrentar décadas de prisão.
"Durante mais de uma década, o acusado utilizou diversos disfarces online e uma rede de campanhas publicitárias fraudulentas para propagar ransomware e fraudar empresas e consumidores americanos", declarou a vice-procuradora-geral Lisa Monaco.
Também estão sendo acusados no mesmo processo os supostos cúmplices Volodimir Kadariya, também com dupla nacionalidade ucraniana-bieolorrussa de 38 anos, e Andrei Tarasov, um russo de 33 anos.
Silnikau está sendo denunciado em Nova Jersey por distribuir o conhecido kit Angler, utilizado para infectar os computadores de milhões de usuários da Internet desprotegidos entre outubro de 2013 e março de 2022.
Segundo os procuradores, Angler permitia que os cibercriminosos distribuíssem malware aproveitando vulnerabilidades em navegadores da Internet e plug-ins.
Eles incluíam anúncios de "scareware" ou "malvertising", ou seja, mensagens falsas nas quais se afirmava que o dispositivo da vítima havia sido infectado com um vírus para que ela comprasse ou baixasse um software perigoso.
O malware daria acesso remoto ao dispositivo ou forneceria aos hackers acesso à informação de identificação pessoal ou financeira.
Na Virgínia, Silnikau é acusado de criar a cepa de ransomware Ransom Cartel em 2021, que permitia aos hackers criptografarem ou "bloquearem" os computadores comprometidos.
O ransomware Ransom Cartel foi supostamente implantado contra uma empresa sediada em Nova York em novembro de 2021 e contra uma companhia sediada na Califórnia em março de 2022.
Dados confidenciais foram excluídos e os hackers exigiram um resgate.
De acordo com a British National Crime Agency, o suposto hacker foi preso pela Guarda Civil espanhola em um apartamento em Estepona no dia 18 de julho de 2023 em uma operação internacional coordenada pela CIA.
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