EUA negociam anistia para Maduro e aliados deixarem o poder, diz jornal
O governo dos Estados Unidos estaria oferecendo perdão político e garantias de não perseguir Nicolás Maduro em troca de o ditador abandonar a Presidência da Venezuela. A informação foi publicada na edição deste domingo (11) no The Wall Street Journal.
O que aconteceu
Esta espécie de anistia também incluiria os principais dirigentes do governo venezuelano. O veículo de imprensa citou três fontes do governo norte-americano para embasar a reportagem.
As negociações estariam acontecendo de forma secreta, de acordo com o jornal. A matéria acrescenta que acusações feitas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra Maduro e aliados do ditador seriam retiradas em caso de acordo.
Segundo o The Wall Street Journal, o governo norte-americano trabalha com todas as possibilidades para resolver a situação da Venezuela. Uma fonte declarou ao veículo que até o compromisso em não haver extradições estaria incluído no possível acordo, desde que haja uma transição pacífica.
Caso confirmada, a negociação representaria uma mudança significativa na postura dos Estados Unidos. Hoje, o país oferece recompensa de US$ 15 milhões (cerca de R$ 82,6 milhões) pela captura de Maduro. Ele é acusado de ajudar traficantes a enviarem cocaína a território norte-americano.
Venezuela em crise
A situação política da Venezuela ficou ainda mais complicada desde a eleição realizada em 28 de julho. A oposição alega ter vencido a disputa, mas o Conselho Nacional Eleitoral declarou vitória de Maduro com 52% dos votos.
As atas de votação não foram apresentadas e a suspeição levou manifestantes às ruas. Eles protestam porque o órgão eleitoral é composto de aliados do ditador e existem a reclamação de resultado forjado.
As forças de segurança usaram a violência para responder às manifestações e dezenas de pessoas morreram. A informação é da ONG Provea. No sábado (10), o Conselho Nacional Eleitoral informou que o resultado será "inapelável".
O Brasil informou que não reconhecerá a contagem de votos sem a apresentação das atas. A divulgação do documento é cobrada por diversos países que pressionam Maduro.
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