Maduro chega à cúpula dos Brics na Rússia, sua primeira viagem após reeleição questionada
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou nesta terça-feira (22) à Rússia para participar da cúpula anual do grupo Brics, com os olhos voltados para novos investimentos no setor de petróleo, em sua primeira viagem oficial ao exterior após sua reeleição questionada.
Aqui "estamos os quatro grandes países petroleiros do mundo e a Venezuela modestamente vem a oferecer sua parte a partir de um projeto econômico [...] que exige um alto nível de investimento", disse Maduro ao chegar ao aeroporto da cidade de Kazan.
Maduro busca há meses a inclusão da Venezuela como membro ativo do bloco que realiza sua reunião de cúpula até quinta-feira. Ele tem uma intervenção prevista para a quarta-feira, segundo o programa oficial.
Maduro também espera se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, que lhe manifestou apoio após o anúncio de sua vitória nas eleições para um terceiro mandato consecutivo, em meio a denúncias de fraude da oposição.
"Aqui viemos para defender e a trazer a verdade e a voz livre de um povo rebelde que atravessou o deserto, nosso povo, e que hoje está de pé, inteiro, completo e vitorioso", disse Maduro.
A vice-presidente executiva e ministra do Petróleo Delcy Rodríguez chegou a Kazan na segunda-feira junto com o chanceler Yván Gil para oferecer "opções de investimento" no âmbito do petróleo aos países do BRICS Plus. "Há boas notícias nessa direção", adiantou Maduro.
A última vez que o presidente venezuelano havia viajado ao exterior foi em dezembro de 2023, quando se reuniu em São Vicente e Granadinas com seu correlato da Guiana, Irfaan Ali, para conversar sobre o Essequibo, um território em disputa entre os dois países.
Já sua última visita à Rússia foi em setembro de 2019. A relação entre Caracas e Moscou ficou mais estreita durante o governo do finado ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013).
O bloco Brics foi fundado em 2009 com quatro membros: Brasil, China, Índia e Rússia. Em 2010, ocorreu a adesão da África do Sul e, em 2024, de Etiópia, Irã, Egito e Emirados Árabes Unidos.
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