Trabalhadores em educação paralisam atividades no Amazonas
Trabalhadores da educação em Manaus e nos municípios do interior do estado pararam as atividades mais uma vez nesta terça-feira (29). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), as aulas foram suspensas nos três turnos. No último dia 15, a categoria, que inclui professores, merendeiros, funcionários administrativos e vigilantes, fez uma greve de 24 horas para chamar a atenção do governo e da sociedade para a necessidade de melhorias salariais e das condições de trabalho.
Segundo o presidente do sindicato, professor Marcos Libório, os profissionais querem a abertura de negociações com o governo do estado. Eles ficaram insatisfeitos com o adiamento de reunião com o governador José Melo, que estava marcada para o último dia 23.
"O governador transferiu a audiência na última hora e, isso, de certa forma, causou uma certa animosidade na categoria, porque já vai completar um mês de vigência da nossa data base. Até agora, o governador não se manifestou em relação à reposição da inflação, ganho real e plano de saúde", disse.
A categoria fez um protesto, na manhã de hoje, em frente à sede do governo do Amazonas. De acordo com o sindicato, o ato mobilizou cerca de 500 pessoas. A Polícia Militar informou que foram 170. Entre elas, o professor de história da rede pública estadual de ensino, Emerson Braga.
"Nós temos sempre que estar lutando pelos nossos direitos, por aquilo que acreditamos, e principalmente pela valorização da nossa profissão. Como professor, como profissional da educação, eu sou um formador de opinião. Então, eu tenho que ter uma opinião formada também. E a minha opinião é essa: que nós temos que lutar pela nossa categoria", declarou o professor.
O presidente do Sinteam informou que a audiência com o governador foi remarcada para o dia 31. A categoria vai aguardar o resultado das negociações para definir se haverá outras paralisações.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), confirmou a audiência entre José Melo e a categoria para a próxima quinta-feira. O encontro foi adiado, porque o governador cumpria agenda em Brasília. O órgão afirma que "diferentemente do que vem ocorrendo em vários Estados brasileiros, por causa da crise econômica, o Amazonas vem cumprindo com rigor suas obrigações com o funcionalismo público".
A secretaria informou que atendeu a uma reivindicação antiga da categoria, o vale-alimentação, que passou a ser concedido em janeiro deste ano. Além disso, foi feita a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, que concedeu outros benefícios aos trabalhadores. O órgão disse ter "plena ciência da importância sobre o plano de saúde para os servidores da educação", que está em discussão por uma comissão paritária instituída pelo governo do estado. A secretaria argumentou que o piso salarial dos professores do ensino público estadual é 53% superior ao piso nacional.
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