Conservador e ex-guerrillheiro disputam em junho 2º turno na Colômbia
Os 36 milhões de eleitores colombianos voltarão às urnas no dia 17 de junho para escolher o próximo presidente entre dois candidatos: um de direita e outro de esquerda, com propostas politicas e econômicas diferentes. O advogado conservador Iván Duque venceu o primeiro turno nesse domingo (27) com 39% dos votos. O ex-guerrilheiro Gustavo Petro ficou em segundo lugar, com 25% dos votos. Ambos esperam atrair os simpatizantes do matemático Sergio Fajardo, candidato de centro-esquerda, que surpreendeu conquistando quase 24% dos votos.
A disputa pelos votos dos candidatos mais moderados, excluídos do segundo turno, já começou. Duque e Petro têm algo em comum: uma mulher como vice. Mas o divisor de águas é o acordo de paz, assinado há dois anos, entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - a maior guerrilha do pais. O documento encerrou meio século de guerra civil: 7 mil guerrilheiros depuseram suas armas, em troca de anistia e o direito de formar um partido politico com a mesma sigla, com dez assentos garantidos no Parlamento até 2026. Duque e Petro Assim como seu padrinho politico, o ex-presidente Alvaro Uribe - Duque foi um duro crítico do acordo, por achar que foram feitas demasiadas concessões aos ex-guerrilheiros. No discurso, comemorando a vitória no primeiro turno, ele ressaltou que não vai destruir o documento, assinado em 2016, pelo atual presidente, Juan Manuel Santos, e Rodrigo Londoño, o líder das Farc, conhecido por Timochenko. o candidato deu a entender que vai rever o perdão a ex-guerrilheiros que financiaram suas atividades com o narcotráfico. Ele também se comprometeu a combater a corrupção - um dos pilares da campanha de Fajardo. Petro apoia o acordo de paz: ele é a prova de que pode funcionar. Antes de ser legislador e prefeito de Bogotá, ele foi guerrilheiro do M-19. O grupo aceitou depor as armas em 1990, para formar um partido politico. No discurso, apos o primeiro turno, ele destacou a importância de uma Colômbia com propostas diversificadas, e não apenas um único modelo de país. O candidato propõe reduzir a dependência da economia colombiana no petróleo e carvão, além de cobrar impostos aos latifúndios improdutivos e investir em produção. Petro falou da importância da educação - a principal bandeira defendida por Fajardo. Eleições Mais da metade dos eleitores colombianos foram às urnas nesse domingo - foi a maior participação em quase duas décadas. Um dos motivos foi a falta de violência: o grupo guerrilheiro Exercito de Libertação Nacional (ELN) aceitou um cessar-fogo durante a votação e também está negociando a paz com o presidente Juan Manuel Santos. Apesar de o acordo de paz ter sido o tema nessa histórica eleição, os assuntos que hoje preocupam o eleitorado colombiano são o desemprego (9%) e a segurança, os ex-guerrilheiros, ex-paramilitares e os narcotraficantes, que estão ocupando as áreas antes controladas pelas Farc.
A disputa pelos votos dos candidatos mais moderados, excluídos do segundo turno, já começou. Duque e Petro têm algo em comum: uma mulher como vice. Mas o divisor de águas é o acordo de paz, assinado há dois anos, entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - a maior guerrilha do pais. O documento encerrou meio século de guerra civil: 7 mil guerrilheiros depuseram suas armas, em troca de anistia e o direito de formar um partido politico com a mesma sigla, com dez assentos garantidos no Parlamento até 2026. Duque e Petro Assim como seu padrinho politico, o ex-presidente Alvaro Uribe - Duque foi um duro crítico do acordo, por achar que foram feitas demasiadas concessões aos ex-guerrilheiros. No discurso, comemorando a vitória no primeiro turno, ele ressaltou que não vai destruir o documento, assinado em 2016, pelo atual presidente, Juan Manuel Santos, e Rodrigo Londoño, o líder das Farc, conhecido por Timochenko. o candidato deu a entender que vai rever o perdão a ex-guerrilheiros que financiaram suas atividades com o narcotráfico. Ele também se comprometeu a combater a corrupção - um dos pilares da campanha de Fajardo. Petro apoia o acordo de paz: ele é a prova de que pode funcionar. Antes de ser legislador e prefeito de Bogotá, ele foi guerrilheiro do M-19. O grupo aceitou depor as armas em 1990, para formar um partido politico. No discurso, apos o primeiro turno, ele destacou a importância de uma Colômbia com propostas diversificadas, e não apenas um único modelo de país. O candidato propõe reduzir a dependência da economia colombiana no petróleo e carvão, além de cobrar impostos aos latifúndios improdutivos e investir em produção. Petro falou da importância da educação - a principal bandeira defendida por Fajardo. Eleições Mais da metade dos eleitores colombianos foram às urnas nesse domingo - foi a maior participação em quase duas décadas. Um dos motivos foi a falta de violência: o grupo guerrilheiro Exercito de Libertação Nacional (ELN) aceitou um cessar-fogo durante a votação e também está negociando a paz com o presidente Juan Manuel Santos. Apesar de o acordo de paz ter sido o tema nessa histórica eleição, os assuntos que hoje preocupam o eleitorado colombiano são o desemprego (9%) e a segurança, os ex-guerrilheiros, ex-paramilitares e os narcotraficantes, que estão ocupando as áreas antes controladas pelas Farc.
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