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SP tem quase 8 mil pessoas internadas por suspeita de coronavírus

06.04.2020 - Paciente chega no Hospital de Campanha no Estádio do Pacaembu em São Paulo (SP) - Ettore Chiereguini/Futura Press/Estadão Conteúdo
06.04.2020 - Paciente chega no Hospital de Campanha no Estádio do Pacaembu em São Paulo (SP) Imagem: Ettore Chiereguini/Futura Press/Estadão Conteúdo

27/04/2020 18h00

Cerca de 8 mil pessoas estão internadas em todo o estado de São Paulo por suspeita ou confirmação de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Desse total, 3.106 são pacientes de unidades de terapia intensiva (UTI) e 4.810 são de enfermaria. Nas últimas 24 horas, foi registrado aumento de 500 internações.

A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado está em 59,8%. Na capital paulista, o índice é mais alto e chega a 78,4%. No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo a ocupação de leitos de UTI já atingiu 95%. Hoje, o governo paulista anunciou a criação de mais 100 leitos de UTI no Hospital das Clínicas até o final de maio que se somarão às 200 unidades já existentes no local.

São Paulo tem agora 1.825 óbitos provocados pelo novo coronavírus, 125 deles ocorridos entre ontem (26) e hoje (27). Há também 21.696 casos confirmados da doença.

Desde ontem, houve queda de um ponto percentual na concentração de casos e mortes na cidade de São Paulo, o que significa que a doença se dispersou pelo estado. A capital responde agora por 64% dos casos e mortes por coronavírus do estado. Um em cada três óbitos e casos de covid-19 ocorrem no interior, litoral ou na Grande São Paulo. Esses locais somam 653 óbitos (35,7% do total) e 7.707 casos (35,5%). Das 645 cidades do estado, 131 já têm registro de uma ou mais mortes por covid-19. A doença já infectou pessoas em 288 municípios paulistas.

Perfil da mortalidade

Entre as mortes, 1.066 são homens e 759 mulheres. Segundo a Secretaria estadual da Saúde de São Paulo, os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 74,7% das mortes.

A mortalidade é maior entre pacientes entre 70 e 79 anos (que concentram 467 mortes), seguida pela faixa etária entre 60-69 anos (406) e 80-89 (357). Também faleceram 135 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (234 do total), seguida por pessoas das faixas entre 40 a 49 (com 138 mortes), 30 a 39 (com 66 óbitos), 20 a 29 (16 óbitos) e 10 a 19 (5 óbitos). O estado registrou ainda a morte de um bebê.

Entre os principais fatores de risco associados à mortalidade por coronavírus estão a cardiopatia, responsável por 56,1% dos óbitos por covid-19. Em seguida aparece o diabetes mellitus (40,6%), a pneumopatia (11,5%), a doença renal (11,4%) e a doença neurológica (10,5%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 1.508 pessoas que morreram por covid-19 (82,6%) do total.