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Vale diz que laudo descarta querosene em água enviada a Governador Valadares

Ativistas jogaram lama nas portas da sede da Vale, no Rio, durante protesto na segunda (16) por causa do rompimento de barragens em Mariana (MG) - Fábio Motta/ Estadão Conteúdo
Ativistas jogaram lama nas portas da sede da Vale, no Rio, durante protesto na segunda (16) por causa do rompimento de barragens em Mariana (MG) Imagem: Fábio Motta/ Estadão Conteúdo

Do Rio de Janeiro

17/11/2015 19h33

A Vale informou, em nota, que exames laboratoriais feitos na água retirada dos vagões utilizados para seu transporte até Governador Valadares (MG), não indicaram a presença de contaminação por qualquer tipo de combustível, incluindo querosene. Os exames foram feitos a pedido da Vale pelo Laboratório Mérieux NutriSciencies.

Desde a semana passada, a Vale tem dito que coletou a água no local indicado pela Copasa, na cidade maneira de Ipatinga, e a transportou em vagões-tanque usados para combates a incêndios florestais. "Estes vagões transportam somente água há quatro anos e nunca transportaram querosene. A Vale entregou a água em Governador Valadares, em local acordado com a prefeitura", diz em comunicado.

No último dia 14, a prefeitura de Governador Valadares, no leste de Minas, acusou a Vale de entregar água com alto teor de querosene em uma das primeiras viagens dos vagões-tanque cedidos pela empresa para abastecimento da população.

A Vale diz ainda que contribuirá, enquanto for necessário, com o transporte de água em apoio aos órgãos públicos competentes, que estão responsáveis pela distribuição do material nos municípios afetados. "A empresa também está prestando apoio à prefeitura de Governador Valadares e à Samarco com a liberação de área de sua faixa de domínio para a construção de uma nova adutora que vai levar água à comunidade. A Vale reitera seu compromisso de dar todo o suporte necessário à Samarco e as comunidades para mitigar as consequências dos eventos ocorridos em Mariana no último dia 5".