Performance marca protesto de estudantes contra a Vale no Espírito Santo
Um protesto "performático" reuniu cerca de 200 pessoas, de acordo com os organizadores, na manhã desta sexta-feira (13) em frente à sede da Vale no Espírito Santo, no no complexo Tubarão, na cidade de Serra (região metropolitana de Vitória).
Os manifestantes queriam explicitar a "culpa" da empresa no rompimento das barragens de Mariana (MG), ocorrido na semana passada. As barragens eram administradas pema empresa Samarco, resultado de uma parceria da Vale com a empresa anglo-australiana BHP.
“O nosso objetivo é simbólico e pretende mostrar a culpa da Vale na tragédia. A empresa mostrou que, além de não fazer a prevenção, não estava preparada para reagir a ele. Não tinha um plano B”, afirmou o estudante da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) Anderson Bardot, 27.
“A perfomance que fizemos tem o nome de 'Lama' e é para mostrar, simbolicamente, tudo isso. A Vale é culpada pela tragédia humana e ambiental”, disse Bardot.
Cerca de 50 estudantes da Ufes, de diversos cursos, se encontraram por volta de 4h30 no campus de Goiabeiras, prepararam a perfomance e foram de ônibus até a sede da Vale.
Ali, 30 minutos depois, se juntaram a cerca de 150 manifestantes ligados à Frente Popular Capixaba de Lutas, formado por movimentos sociais e sindicais da capital do Espírito Santo, para realização do protesto.
Por volta de 7h, 12 estudantes realizaram a performance , com os corpos cobertos de lama e cartazes com frases contra a empresa.
O rompimento de duas barragens de rejeitos de minério e de água da Samarco causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), que atingiu o rio Doce e que atingiu o Espírito Santo.
“Na segunda-feira (16) faremos um novo protesto. Dessa vez maior, na planta industrial da Vale, no Jardim Camburi (região metropolitana de Vitória)”, disse o estudante.
Procurada pelo UOL, a assessoria de imprensa da Vale em Belo Horizonte informou que somente integrantes da diretoria da empresa em Vitória poderiamcomentar o protesto. Até o momento a Vale capixaba não se manifestou sobre a questão.
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