Presidente do PMDB-RJ defende neutralidade no 2º turno
Diante da pesquisa de boca de urna do Ibope que apontou disputa em segundo turno pela prefeitura do Rio entre os candidatos Marcelo Crivella, do PRB, e Marcelo Crivella, do PSOL, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, disse que defenderá neutralidade do partido na segunda etapa da disputa.
A decisão oficial, no entanto, será discutida no diretório regional ao longo da semana. O PMDB do prefeito Eduardo Paes é o grande derrotado da eleição no Rio, com o candidato do partido, Pedro Paulo, terceiro colocado no Ibope, fora da disputa.
O Ibope apontou no fim da tarde deste domingo, 2, 30% de votos válidos para Crivella e 20% para Freixo. Pedro Paulo teve 15%, seguido por Flávio Bolsonaro (PSC), com 12%, Indio da Costa (PSD), com 9%, Carlos Roberto Osório (PSDB), com 7%. A candidata do PC do B, Jandira Feghali, teve 4%. Carmen Migueles, do Novo, foi citada por 2% e Alessandro Molon, da Rede, por 1%.
"Vamos reunir a direção do partido e os vereadores eleitos para tomar uma decisão. Pessoalmente, vou defender que o PMDB não participe de apoio a nenhum candidato, pelas diferenças naturais que temos com eles. Se tivesse alguém do nosso campo no segundo turno, seria diferente. Depois da eleição, defendo a união dos partidos da nossa coligação para examinarmos o apoio institucional ao eleito, desde que assuma compromissos como a educação em tempo integral, transporte e saúde de qualidade. Se isso não ocorrer, vamos para a oposição", disse Picciani. "Não defendo o voto nulo, cada um deve votar como quiser", completou.
Durante a campanha, o PMDB atacou Crivella, lembrando o vínculo do candidato com a Igreja Universal do Reino de Deus e a aliança com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), e Freixo, apontado como candidato "do radicalismo e do atraso".
Picciani elogiou Pedro Paulo e disse que a decisão de Paes de manter a candidatura do deputado, mesmo depois que veio a público a denúncia de agressão feita pela ex-mulher do candidato, teve aval do partido. Para Picciani, no entanto, a prática comum nos partidos de prefeitos e governadores terem a palavra final sobre os candidatos a sua sucessão deve mudar. "Essa lógica vai mudar. A decisão sobre candidaturas não pode ser apenas do mandatário. Não se podem fabricar candidatos. Não falo apenas do PMDB, mas de todos os partidos", disse Picciani.
O presidente fez questão de elogiar o candidato derrotado. "O eleitorado é soberano, o eleitor decide, a gente aceita é deseja boa sorte aos escolhidos. E segue a vida. Pedro Paulo foi um candidato muito aplicado e eu o parabenizo pelo esforço pessoal. Com apoio de todos nós, Eduardo escolheu um candidato muito preparado para governar, mas havia um risco e optarmos por correr esse risco. Somos corresponsáveis pelo resultado", disse o dirigente. A denúncia de agressão feita pela ex-mulher de Pedro Paulo, Alexandra Marcondes, em 2010, tornou-se pública em outubro do ano passado. Apesar do enorme desgaste causado na imagem de Pedro Paulo, Paes insistiu na candidatura do deputado.
Segundo Picciani, Eduardo Paes é o candidato do PMDB para a disputa pelo governo do Estado em 2018. "O resultado desta eleição não é um julgamento do governo de Eduardo. Ele é nosso candidato a governador e foi o melhor prefeito que o Rio de Janeiro já teve", elogiou.
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