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Após críticas, equipe de transição de Bolsonaro deve ter bombeira como 1ª mulher

5.nov.2018 - Onyx Lorenzoni (e) e general Heleno, futuros ministros do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), conduzem reunião do governo de transição - Romério Cunha /Casa Civil PR
5.nov.2018 - Onyx Lorenzoni (e) e general Heleno, futuros ministros do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), conduzem reunião do governo de transição Imagem: Romério Cunha /Casa Civil PR

Lorenna Rodrigues e Luciana Dyniewicz

Brasília

06/11/2018 21h00

Após críticas por indicar apenas homens na relação de 27 nomes anunciada para a equipe de transição, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deverá nomear de três a cinco mulheres para integrar o grupo, que pode atingir no máximo 50 pessoas. Os nomes deverão ser publicados no Diário Oficial da União até esta quarta-feira, 7.

A primeira mulher da equipe é a coronel do Corpo de Bombeiros Márcia Amarílio da Cunha Silva, que atuará na área de segurança pública. Ela foi chefe da assessoria parlamentar dos Bombeiros e atuou em debates no Congresso sobre aposentadoria de militares. Mesmo sem ser oficialmente nomeada, Márcia já se reuniu com as equipes no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde foram montados gabinetes para a transição.

O juiz Sergio Moro, indicado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública pelo presidente eleito, deverá ganhar um cargo na transição, segundo a assessoria de imprensa da equipe de transição. O juiz está de férias e deve estar em Brasília nesta quarta-feira para as primeiras reuniões com o futuro governo. Não está certo se Moro será voluntário ou se ganhará um cargo com remuneração - ele teria de abrir mão do salário de juiz para isso.

Outros nomes deverão ser anunciados para integrar a equipe de transição nos próximos dias, entre eles o engenheiro Marcelo Sampaio Cunha Filho, servidor público lotado na Casa Civil, e o ex-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Elifas Chaves do Amaral.

Os primeiros 27 nomes da equipe foram divulgados na segunda-feira, 5. Os integrantes remunerados vão receber salários de R$ 2.585 a R$ 16.215. O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), foi designado coordenador da transição e nomeado ministro extraordinário. Também foram nomeados para essa etapa os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, da Defesa, Augusto Heleno, e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Eles atuam como coordenadores dos grupos temáticos correspondentes às suas áreas.

Foram montados dez grupos temáticos que incluem áreas como modernização do Estado, saúde e desenvolvimento social. Várias equipes já tiveram reuniões ontem ao longo do dia no CCBB, por onde passaram Lorenzoni, Pontes e representantes do grupo de economistas que assessora Paulo Guedes, como Adolfo Sachsida e Alexandre Iwata. Responsável pela área de educação, o tenente-coronel da reserva Paulo Roberto também reuniu equipes no local. Nesta quarta, o presidente eleito Bolsonaro e o "superministro" Guedes também terão reuniões com as equipes de transição no CCBB.