Ceará anuncia convocação de PMs da reserva e lei da recompensa
Entre as medidas, anunciadas em vídeo pelo governador, estão: a convocação de policiais militares na reserva; aumento na quantidade de horas extras que podem ser pagas a policiais civis e militares, além dos bombeiros; criação da lei da recompensa, que prevê pagamento em dinheiro pelo Estado por informações da população que resultem na prevenção de atos criminosos e prisões; e convocação imediata de mais 220 agentes penitenciários para atuar no sistema. Outros 220 já haviam sido chamados na semana passada.
"Repito que estas medidas, além de todas que já tomamos, têm o objetivo de fortalecer o esquema de segurança do nosso Estado no duro combate ao crime organizado que atua nas ruas e no sistema penitenciário. Não aceitamos que aqui no Ceará criminosos presos continuem dando ordem de comando de dentro das prisões, como acontece há décadas em todo o Brasil", afirma Santana no vídeo.
Ainda segundo o governador, os poderes legislativo e judiciário, além do Ministério Público e entidades civis estão "todos unidos" no combate à série de ataques que tiveram início no dia 2 de janeiro. "Assim como estamos unidos ao governo federal, através dos Ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública para enfrentar o crime que tenta se impor contra o nosso Estado e contra o País. Não há recuo. O Estado é mais forte", diz o governador.
Transferências
O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou, nesta sexta-feira, 11, que 15 presos do Ceará foram transferidos para o presídio federal de Mossoró, interior do Rio Grande do Norte. A inclusão foi finalizada às 6h30 desta sexta. Uma escolta conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e do Governo do Ceará foi organizada para a ação. No total, 35 presos foram transferidos.
Até quinta-feira, 10, foram registrados 180 ataques em Fortaleza e no interior do Estado. Assustada, a população teme que os atentados continuem. As ocorrências comprometem serviços essenciais, como a coleta de lixo, e têm impacto no transporte público. Desde o início dos ataques, os ônibus têm circulado sob escolta em Fortaleza. Em bairros de periferia, criminosos impõem toque de recolher e quebram lâmpadas na via pública para ocultar os ataques.
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