Schvartsman: 'Não sabemos quantos funcionários foram soterrados'
Dos 300 funcionários, cerca de 100 já foram localizados com vida, e os outros 200 continuam sendo procurados pelo Corpo de Bombeiros mineiro. "Os mais afetados serão os nossos funcionários", lamentou, lembrando que a barragem fica em uma zona rural, com baixa densidade populacional.
O Complexo de Paraopeba, onde estava localizada a barragem, conta com quatro minas e uma jazida e duas usinas de beneficiamento. O Complexo produziu cerca de 7% do volume total produzido pela Vale em 2017, ou 26 milhões de toneladas de minério, segundo informações do site da empresa. Visivelmente abatido, se dizendo "arrasado" com a tragédia, o executivo informou que a barragem que se rompeu, Barragem 1, estava inativa e em processo de descomicionamento (desativação). O ativo também tinha laudo de uma auditoria realizada no ano passado que não detectou nenhum problema que pudesse indicar a possibilidade de rompimento. "O último relatório da auditoria foi feito em 26 de setembro de 2018", informou, referindo-se à auditoria feita pela empresa alemã Tuv Sud.
A Barragem 1 tinha 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos da produção de minério de ferro, na maioria terra, segundo o executivo. A produção da Vale não será afetada porque a barragem estava desativada e já não atendia o Complexo de Paraopeba. Uma segunda barragem no local também teria vazado, segundo Schvartsman, mas não provocou danos como a primeira, por ter um material mais seco estocado em sua estrutura.
O executivo não soube informar o motivo do rompimento, que ainda está sendo apurado, mas disse que a Vale vai fazer de tudo para minimizar os danos causados, atendendo as vítimas e seus familiares. Segundo ele, desde Mariana a Vale adotou ações para evitar acidentes como este.
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