Líder do PSL na Câmara diz que cabe a Bolsonaro decidir destino de Bebianno
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), defendeu hoje que cabe somente ao presidente Jair Bolsonaro decidir sobre uma possível demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Para Waldir, o presidente precisa levar em consideração o trabalho feito por seu subordinado durante a campanha eleitoral do ano passado, em que o PSL teve um crescimento exponencial em todo o país.
"Temos que lembrar o papel do Bebianno na construção do governo Bolsonaro. Sempre foi um dos braços direitos do presidente. Se ele mentiu, isso é um crime ou não é um crime? O que configura isso? Agora, se ele perdeu a confiança do presidente, cabe ao presidente tomar a decisão que ele entender mais legítima", afirmou o parlamentar ao sair de um jantar do seu partido.
Enquanto o encontro dos deputados acontecia, Bolsonaro afirmou, em entrevista à RecordTV, que determinou à Polícia Federal e ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, a abertura de um inquérito para apurar acusações de que o PSL teria financiado candidaturas de laranjas. Bebianno era o presidente da sigla durante as eleições.
O presidente ainda disse que, caso seja comprovado que Bebianno esteve envolvido no suposto esquema do partido na última eleição, o destino do ministro será "voltar às suas origens". Bolsonaro negou ainda que tenha conversado com Bebianno enquanto ainda estava no hospital.
Nesta tarde, o filho do presidente e vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC) usou o Twitter para desmentir Bebianno, que disse ter conversado três vezes com o presidente ontem. Parlamentares presentes no jantar, no entanto, afirmaram que o caso não foi assunto durante o encontro.
Para Waldir, não é momento ainda de "crucificar um ministro em razão de uma divergência de um debate, de uma discussão". Questionado se a suposta mentira do ministro não seria suficiente para justificar uma demissão, o líder do PSL minimizou a questão. Disse que Bebianno poderia responder a um processo na Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
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