Associação repudia pedido da PGR para ampliar poderes dos juízes federais

A Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj), com o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), repudiou nesta segunda-feira, 25, em nota, a tentativa da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que amplie os poderes dos juízes federais para julgar os crimes conexos às irregularidades eleitorais.
Segundo a entidade, o pedido anunciado pela procuradora-geral não encontra respaldo diante do trabalho que tem sido prestado durante toda a existência da Justiça Eleitoral pelos magistrados estaduais.
"A Justiça Eleitoral tem alto grau de aprovação pela sociedade brasileira. O eventual aumento de demanda em razão da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) será adequado e melhor suportado pela Justiça que tem o maior número de magistrados, a maior proximidade com a população e a maior capilaridade territorial", disse a Amaerj em nota.
Para a entidade, "a mudança pretendida é uma tentativa de enfraquecimento da Justiça Estadual, responsável por 79% dos processos que tramitam no país e que tem se dedicado, dia e noite, para atender à enorme demanda, conforme preceitos estabelecidos na Constituição Federal", ressalta a nota.
Nesta segunda-feira, Dodge disse a jornalistas, ao sair de um seminário sobre corrupção no Rio de Janeiro, que iria pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que os juízes federais passem a ter atribuição de juízes eleitorais, mantendo assim os julgamentos eleitorais no âmbito federal e evitando que os crimes conexos sejam direcionados aos juízes estaduais. "Não nos envergaremos ao ataque inoportuno e unilateral", diz ainda a Amaerj em nota.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.