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Comissão do Senado aprova indicação de diplomatas para Egito e Jordânia

Francisco Gonzaga, especial para AE

São Paulo

12/06/2019 17h32

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 12, a indicação dos diplomatas Antonio Patriota e Ruy Pacheco Amaral para chefiarem as embaixadas brasileiras no Egito e na Jordânia, respectivamente. As indicações seguem agora para análise do plenário da casa, informou a agência de notícias do Senado Federal.

Na sabatina, Amaral garantiu que dará prioridade ao aumento de exportações do agronegócio brasileiro para a Jordânia, país marcado por território desértico e com necessidade de importação de vários produtos básicos.

"O potencial é enorme. Eles hoje são grandes importadores, por exemplo, de soja e açúcar, mas quase nada vem do Brasil", disse.

Já Patriota destacou que o Egito é a nação árabe e africana que mais importa produtos brasileiros, e só perde para a China na importação de carne. Este potencial de mercado para o Brasil tornou-se ainda mais promissor graças à efetivação de um acordo comercial entre Mercosul e Egito, em vigor desde 2017.

Indagados pelos senadores sobre a proposta do governo Jair Bolsonaro, de transferência da embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, os diplomatas deixaram claro que não têm nenhuma prerrogativa decisória sobre o assunto. Entretanto, com base na experiência que possuem em negociações com as nações árabes, informaram que a causa palestina é o único assunto que unifica todos estes países.

Amaral lembrou que, quando atuava no Egito e foi anunciada a abertura de um escritório comercial do Brasil em Jerusalém, ele recebeu a nota oficial das mãos do secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Gheit. "A nota basicamente expressava, com equilíbrio, que o Brasil, na ótica deles, dava um passo na direção errada, que não contribuirá na relação com o mundo árabe", mencionou.