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Bolsonaro cancela visita a comunidade brasileira no Japão

23.jan.2019 - O presidente Jair Bolsonaro teve uma reunião bilateral com o Primeiro-Ministro do Japão, Shinzo Abe - Alan Santos/PR
23.jan.2019 - O presidente Jair Bolsonaro teve uma reunião bilateral com o Primeiro-Ministro do Japão, Shinzo Abe Imagem: Alan Santos/PR

Célia Froufe e Beatriz Bulla, correspondentes

Londres e Nova York

17/06/2019 15h31

O Itamaraty informou que o presidente Jair Bolsonaro não irá mais a Hamamatsu, no Japão, onde se encontraria com membros da comunidade brasileira. O deslocamento do presidente estava previsto para depois de sua participação na reunião de cúpula das 20 maiores economias do globo, o G-20, em Osaka. O evento de líderes está marcado para os dias 28 e 29 de julho.

Em meados de maio, a agenda dava conta de que a viagem até Hamamatsu, que fica a 290 quilômetros de distância de Osaka por via terrestre, seria no dia 30, um dia após o G-20. Há uma semana, houve mudança de data, para a tarde do próprio dia 29. O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que a comunidade brasileira ainda não foi informada do cancelamento anunciado à imprensa cadastrada ao evento, mas que será "devidamente avisada".

No início de abril, em viagem a Israel, também havia a previsão de a delegação se deslocar de Jerusalém a Raanana, onde há uma comunidade de brasileiros. Apenas na véspera, foi informado que o presidente não faria mais a viagem de 76 quilômetros para a visita. Localmente, se falou que o cancelamento se deu por questões de segurança. Na manhã do que seria o dia da viagem, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, argumentou que a suspensão se deu por questões de logísticas.

Naquele mesmo dia, cerca de 40 brasileiros que moram em Raanana foram até o Hotel King David, em Jerusalém, onde Bolsonaro estava hospedado com a maior parte da comitiva. Durante o encontro, ele argumentou que a Bíblia diz que Deus não escolhe os capacitados, mas que capacita os escolhidos, enalteceu a forma como configurou os ministérios e disse que, com a melhora que se dará no Brasil, expatriados poderão voltar a morar em sua pátria novamente. "É uma terra maravilhosa, que estava sendo destruída pela ideologia", defendeu.