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Advogado de sargento preso com cocaína diz que ele é vítima de "armação"

O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha - Reprodução Rede Social
O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha Imagem: Reprodução Rede Social

Luiz Vassallo e Fausto Macedo

São Paulo

09/07/2019 09h23Atualizada em 09/07/2019 09h58

O advogado Carlos Alexandre Klomfahs, que defende o sargento da FAB Manuel Silva Rodrigues, preso com 39 kg de cocaína na Espanha, afirmou à Corregedoria do Ministério Público Militar brasileiro que há evidências de "ações clandestinas e sem autorização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para imputar crimes ao comissário de bordo". Segundo o advogado, o objetivo seria "prejudicar a imagem do Brasil e do governo do presidente Jair Bolsonaro".

Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanhava a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde o presidente participou da reunião do G-20.

O avião da FAB em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial. Esta comitiva não fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente. A droga foi encontrada na bagagem do sargento ao desembarcar em Sevilha, primeira etapa da viagem.

Klomfahs assumiu a defesa de Rodrigues há poucos dias, e afirma haver uma "armação" contra o militar.

"Do exposto, requer desta Ilustre Corregedoria o acompanhamento e a disponibilização à Defesa dos números dos processos Adm. ou do inquérito policial militar de toda prova produzida (filmagem, oitivas e diligência coligidas e ou já efetivadas ou concluídas) contra o acusado, bem como o devido requerimento pelo Parquet Militar ao juízo militar competente da Extradição Ativa para fins de instrução e julgamento do processo penal junto ao Governo da Espanha pelo Ministério da Justiça ao Ministério das Relações Exteriores, à luz do disposto no Tratado Brasil-Espanha e da Lei de Migração. Por cautela nos lê em cópia a Procuradora Geral da República", requer o advogado.

Ele pediu acesso ao Inquérito Policial Militar (IPM). A defesa também prepara um requerimento ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que peça a extradição de Rodrigues.