Para analista, democracia exige lideranças partidárias fortes
Doutor em Ciência Política e especialista nas áreas de competição política e partidos políticos, Guarnieri é um dos convidados do seminário "Desafios da democracia no Brasil: inovação, participação e representação num mundo conectado", que será realizado pelo Estado em parceria com a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) no dia 4 de setembro, no Senado Federal, em Brasília.
"As oligarquias partidárias têm de ter algum limite, mas o que os movimentos de renovação têm de refletir é até que ponto essa forma enrijecida de partido não é consequência justamente do jeito como funciona nossa democracia", afirma. Esse fenômeno, para o professor, não é exclusivo do Brasil. "No mundo inteiro há vários exemplos de partidos que têm dono."
Guarnieri afirma que a crítica parte de uma ideia de partido cujo papel seria basicamente de representação, de fazer a ligação entre o eleitorado e o Estado. "Mas os partidos surgem com a necessidade de organizar o trabalho no Legislativo, uma maneira de conseguir formar maioria para resolver problemas que surgem dentro dos Parlamentos", afirma. Para Guarnieri, os partidos precisam ser capazes de formular estratégias e fazer alianças. "E tudo isso exige lideranças fortes."
Tendo a hiperconectividade como tema central, o seminário tratará, entre outros assuntos, dos desafios enfrentados pela democracia em tempos de redes sociais, fundamentais no resultado de eleições ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Para Guarnieri, o problema é o risco de as redes serem usadas como instrumento de manipulação. "Isso não era tão bem conhecido e começou a ser estudado muito recentemente", diz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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