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Bolsonaro manterá ministro do Turismo após indiciamento da PF, diz porta-voz

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio - Marcelo Chello/CJPress/Folhapress
Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio Imagem: Marcelo Chello/CJPress/Folhapress

Julia Lindner

Brasília

04/10/2019 13h00

O presidente Jair Bolsonaro pretende manter no cargo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, indiciado hoje (04) pela Polícia Federal por suposto desvio de recursos por meio de candidaturas laranjas nas eleições de 2018. Na ocasião, Marcelo Álvaro presidia o PSL em Minas.

"O presidente da República aguardará o desenrolar do processo. O ministro permanece no cargo", disse o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, ao ser questionado pelo Estadão/Broadcast. Desde o início das investigações sobre a atuação de Marcelo Álvaro e de seus assessores, Bolsonaro indicou que aguardaria a apuração da PF para definir o futuro do ministro.

Nos últimos dias, o presidente tomou posição semelhante para justificar a permanência no posto do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que foi alvo de mandados de busca e apreensão da PF em setembro. Bolsonaro tem dito que é preciso ter algo "mais concreto" contra Bezerra e que ele tem feito um bom trabalho junto aos parlamentares.

Outro argumento repetido no Palácio do Palácio é de que o caso envolvendo Bezerra diz respeito ao passado e não está relacionado à atuação dele como líder do governo. O mesmo se aplica a Álvaro Antônio - que responde por irregularidades relacionadas à campanha eleitoral.

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que Álvaro Antônio ainda não foi notificado sobre o indiciamento, mas "reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada".

"Assim como vem declarando desde o início da investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência", diz o ministério.